Ao se apresentar como novo candidato da chapa azul para a eleição do Flamengo, no dia 3 de dezembro, Eduardo Bandeira de Mello afirmou que deseja ver Zico participando do comitê gestor do futebol, modelo defendido pela chapa.
O maior ídolo do clube, que teve passagem conturbada pela Gávea como
diretor executivo na gestão de Patrícia Amorim, poderia manter seu
vínculo com a seleção do Iraque, participando quando estivesse no Rio ou
por telefone e videoconferências. De Doha, no Catar, onde trabalha com a
equipe iraquiana, ele postou um texto em seu site reiterando o apoio à
chapa azul, mas avisando que não aceitará qualquer cargo remunerado no
caso de vitória de Bandeira de Mello.
Em seu texto, Zico evitou entrar em questões políticas e foi bastante
objetivo ao comentar a impugnação dos candidatos Wallim Vasconcellos e
Rodolfo Landim, substituídos por Bandeira de Mello e Walter D'Agostino,
respectivamente. Limitou-se a dizer que prefere não comentar a decisão
do Conselho de Administração, em reunião na última quinta-feira, por
acreditar que "não acrescentará nada".
- Gostaria de aproveitar para deixar bem claro que não aceito assumir
nenhum cargo profissional no Flamengo e vou seguir fazendo o meu
trabalho aqui no Iraque ou em qualquer outro clube ou seleção. No
momento, tenho contrato em vigor e não pretendo descumprir. Peço a todos
que entendam que hoje sou um profissional do futebol, gosto e preciso
trabalhar - disse Zico em seu site.
Zico atualmente é o técnico da seleção do Iraque e afirma que cumprirá o contrato (Foto: Reuters)
Ele afirmou ainda que seria "eticamente incorreto" aceitar um cargo
remunerado no momento e reforçou a sua intenção de cumprir o contrato
com a seleção iraquiana.
- Eu acredito e apoio o projeto da chapa azul, mas acho eticamente
incorreto ligar minha legítima colaboração como ídolo do clube,
torcedor, a uma possibilidade de receber um cargo remunerado caso a
presidência mude. Não gostaria que o torcedor e o sócio do Flamengo
entendessem meu posicionamento desta forma, por isso faço questão de
deixar bem claro que esta hipótese está descartada. Não posso – pelo
contrato firmado com o Iraque – e não vou – pela minha visão de como
deve ser encarada a gestão – aceitar a oferta de cargo remunerado em
caso do vitória da chapa azul.
O Galinho, no entanto, deixou aberta a possibilidade de colaborar.
- Já li que há propostas, bem intencionadas, querendo viabilizar a
minha volta profissional ao Brasil através do Flamengo. Reafirmo que não
tenho nenhum compromisso com cargo no clube, mas continuarei, sempre
que estiver no Rio ou for consultado, ajudando em projetos e no que
puder colaborar. Se ficasse mais tempo no Rio, certamente estaria mais
engajado.
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