Após as declarações do ex-presidente Márcio Braga na manhã desta segunda-feira,
em entrevista coletiva convocada pela chapa azul, liderada por Eduardo
Bandeira de Mello, o candidato Jorge Rodrigues respondeu e rechaçou
qualquer hipótese de união com a atual presidente do Flamengo, Patricia
Amorim. Braga afirmou que Rodrigues e Amorim se uniram na votação do
Conselho de Administração, na última quinta-feira, que terminou com a
impugnação das candidaturas de Wallim Vasconcellos e Rodolfo Landim.
Rodrigues afirmou que só resolveu ser candidato por se sentir "traído"
por Patrícia Amorim e reiterou que não há hipótese de se juntar à
situação. Ele lembrou que se tornou candidato ao ver barrada pela
diretoria a empresa estrangeira que ofereceu para planejar uma gestão
profissional do clube em junho, em evento realizado em uma churrascaria
no Leme, Zona Sul do Rio. A candidata à reeleição Patrícia Amorim
infomou, através de sua assessoria, que não pretende responder a Márcio
Braga.
- Quem tem boca fala o que quer, e quem tem ouvido ouve o que não quer.
O problema do Márcio Braga e do Wallim é que são maus perdedores. Eu
deixei todo o meu pessoal à vontade, o voto foi individual, não em
grupo. Não votamos contra o Wallim, mas a favor do estatuto. Quanto a
essa história de Patricia Rodrigues ou Jorge Amorim, isso não tem o
menor fundamento. Eu me lancei candidato quando a Patricia me traiu com
referência à empresa que eu ia colocar para planejar uma gestão
profissional. Então não posso ir contra o que me propus a fazer. Como
vou me aliar a ela agora se lancei a candidatura porque me senti traído
por ela? Como vou me explicar com a empresa que agora estou me juntando
com a Patricia? Não tem cabimento. Não sou doido, não sou maluco. Não há
a menor hipótese de me juntar à Patricia - disse Rodrigues.
Pela manhã, Braga disse que se sentiu intimidado dentro do clube no dia
da reunião e se referiu à suposta união dos candidatos contra Wallim
como "golpe".
- Que houve golpe, houve. Duas chapas fizeram um pacto para impugnar a
oposição. Eu me senti ameaçado dentro do Flamengo nesta reunião. Tal
qual a mulher do João (Henrique Areias, sentado ao lado de Braga), o
filho do Eduardo... Eu detesto homem me olhando de cara feia. E passei
por constrangimento dentro do Flamengo, daquela corja que estava lá. Só
compareço ao Flamengo daqui para frente com minha segurança pessoal.
Hoje temos uma candidatura que pode ser Patricia Rodrigues ou Jorge
Amorim. É isso que estamos combatendo, essa é a verdade, e só vejo
condições nesse grupo para acabar com aquela bagunça que está instalada.
A eleição no Flamengo está marcada para o dia 3 de dezembro. Além de
Patricia Amorim, Jorge Rodrigues e Eduardo Bandeira de Mello, concorrem
Lysias Itapicurú, Maurício Rodrigues e Ronaldo Gomlevsky. Bandeira de
Mello substitui na chapa azul, ao lado de Walter D'Agostino, os
candidatos impugnados pelo Conselho de Administração, Wallim
Vasconcellos e Rodolfo Landim.
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