Nove jogos com a camisa do Flamengo, sendo dois como titular, um
pênalti sofrido, uma assistência para Vagner Love e alguns bons lances
(assista ao vídeo). Ele ainda acha que é pouco e espera ter tempo de
fazer muito mais pelo clube. Wellington Bruno desembarcou no Rubro-Negro
no último dia das inscrições para o Campeonato Brasileiro. A chegada
foi sem badalação, mas com personalidade. Pediu a camisa 9, que estava
sem dono, e começou a ganhar espaço. O bom desempenho faz crescer a
expectativa de continuar. Aos 26 anos, ele tem contrato de empréstimo
até 31 de dezembro, e o Flamengo tem a opção de prorrogação por mais
seis meses. Os jogos contra Vasco e Botafogo, nas duas últimas rodadas,
serão encarados como decisões.
- Não tem nada certo ainda, estou trabalhando para ficar. Espero poder
continuar. Cheguei num momento difícil ao clube, com o time precisando
vencer, perto da zona de rebaixamento. Foi difícil, tinha que me adaptar
logo, não tinha jogado com ninguém do clube ainda. Você entra na
fogueira, mas consegui me adaptar rápido. Fui melhorando a cada jogo e
espero que continue. Essas partidas serão muito importantes para mim –
disse.
Wellington Bruno foi contratado pelo Rubro-Negro depois de ter feito
seis gols na campanha do Ipatinga na Série B, mas ainda não conseguiu
marcar pela equipe de Dorival Júnior. No Flamengo, teve de mudar de
posição. Trocou a função de armador que exercia no Tigre e virou segundo
atacante. Outra entre tantas novidades.
- No começo foi um pouco difícil, vinha jogando de meia armador. Como
cheguei no Flamengo com a equipe em uma situação ruim, fui escalado para
jogar mais na frente. Não estava armando tanto, já que entrava no
segundo tempo, mas fui me acostumando. Gosto de jogar armando, mas me
senti bem no ataque, apesar de não conseguir ficar parado na frente
(risos). Mas está sendo uma boa experiência.
Perto de completar dois meses de clube, no próximo dia 22, o camisa 9
acha que conseguiu surpreender, inclusive os companheiros. E faz
campanha para ficar.
- Acho que surpreendi muita gente. O segredo foi a tranquilidade.
Muitos pensaram que eu não conseguiria jogar, ouvi essas coisas porque
saí de um time menor, o Flamengo precisava de grandes jogadores. Muita
gente não acreditava. A ficha demorou para cair, a ansiedade tomou
conta, mas consegui jogar. Peguei amizade rápido, isso ajudou muito.
Você faz duas partidas boas, pega a confiança com os companheiros,
começa a receber bolas. Isso foi acontecendo a cada jogo. Parece que
estou há mais tempo. Acho que consegui me adaptar rápido com o time, com
a torcida. Não tinha o costume de marcar, de voltar, de correr atrás da
bola. Estou lutando para conquistar meu espaço. Por isso eu mereço
ficar. Acho que não fiz tudo que quero e pretendo, mas é um grande
começo.
Os direitos econômicos do jogador pertencem ao banco BMG, que é
parceiro e patrocinador do Rubro-Negro. O clube nada pagou pela
contratação e arca apenas com os salários de Wellington Bruno. São boas
achas chances de o camisa 9 continuar.
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