Em meio à turbulência gerada pelo clima pré-eleitoral no
Flamengo, o vice geral, Hélio Ferraz, deseja que haja uma dissociação
entre política e futebol no clube. Pedido feito, pelo menos, para este
momento em que o time é o primeiro fora da zona de rebaixamento e não
vence há seis jogos no Campeonato Brasileiro.
– A minha prioridade
é o futebol. Tem que se afastar da questão eleitoral procurando tomar
atitude de ordem política para melhorar a situação. Eu assumi a
presidência em 2002 e a vice-presidência em 2005.
Nas duas vezes o time
estava brigando contra o rebaixamento. Eu procurei criar condições
políticas para conseguir apoio maciço para manter o futebol a salvo e
distante dessa rinha. Quanto mais distante do processo eleitoral,
melhor. Tem de adotar uma negociação ampla e consensual – ponderou
Ferraz.
Hélio chegou a ser colocado pelo Grupo Vitória,
que discute o Flamengo, como um potencial candidato para a disputa das
eleições. O vice geral, por sua vez, não cogita essa possibilidade.
Reencontro indigesto
A
reunião com Marcos Braz na madrugada de sexta-feira promoveu o encontro
entre Michel Levy, vice de finanças, e Cacau Cotta, vice de
administração. Ambos, no início da semana, haviam discordado em relação à
contratação de Ganso pelo Flamengo.
Levy foi quem encabeçou a
pressão para que o meia do Santos reforçasse o time no Brasileirão e
era favorável ao clube pagar os R$ 23,8 milhões pedidos pelo Peixe pelos
45% dos direitos econômicos que pertencem ao clube paulista. Cotta, por
sua vez, foi um dos membros da alta cúpula de futebol rubro-negro que
foi contra a chegada do camisa 10, alegando que o alto investimento na
aquisição do jogador estaria fora da realidade do clube.
O
vice de finanças não é unanimidade nem mesmo no entorno de Patricia
Amorim há um bom tempo. Ele é um dos alvos preferidos da oposição nos
ataques à gestão da atual mandatária. Recentemente, a pedidos da
Patricia, Levy saiu de cena.
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