Os poucos cabelos escuros que restam ao grisalho Dorival Júnior
correm sério risco de desaparecer no mês de setembro. Neste sábado,
contra o Coritiba, no Paraná, o Flamengo inicia uma sequência de jogos
no Campeonato Brasileiro que é considerada decisiva pelo treinador para
determinar o rumo do time no segundo turno da competição. Depois, virão
Santos, Grêmio, Atlético-GO, Atlético-MG e Fluminense. Metade desses
adversários briga para fugir do rebaixamento, metade está na disputa
pelo título.
- É o que nós colocamos para os jogadores, que este mês é o diferencial
do campeonato, principalmente por essas oscilações que estamos
apresentando. O que vai nos dizer o que será de nós no campeonato é essa
sequência. Esperamos alcançar a melhor colocação possível, mas temos de
ser realistas. Já estivemos um pouco mais próximos da parte de cima,
agora estamos mais longe, mas esperamos voltar a nos aproximar – disse o
técnico.
Depois de um início de trabalho animador, de evolução da equipe,
Dorival tem enfrentado problemas para manter o grupo em crescimento. O
técnico diz que os desfalques e o intervalo curto entre as partidas são
os principais complicadores. O Rubro-Negro não vence há quatro rodadas, é
apenas o 13º na tabela e tem 27 pontos – com um jogo a menos
(enfrentará o Atlético-MG no dia 26, em jogo adiado da 14ª rodada).
- Nesse instante perdemos o Renato (lesão no joelho direito), além
desses jogadores que saem para as seleções (González e Cáceres), a
formação fica diferente de uma partida para a outra, além de uma ou
outra suspensão. Isso acaba comprometendo a nossa equipe, que estava num
processo de transição. Isso tem nos custado um encontro de equilíbrio
mais rápido. Dentro do que observo, houve melhora no tempo que nós
tivemos uma semana inteira para trabalhar. Nesse período os jogos em
sequência nos tiram essa possibilidade, mas temos de conviver. Sabemos
que a rodada seguinte passa a ser a mais importante depois daquilo que
deixamos nas útimas três (empate com Sport e derrotas para Inter e Ponte
Preta). Estou há quarenta dias no clube, estou começando a conhecer as
características. Se tivéssemos a semana para trabalhar, estaríamos bem
adiantados em relação a tudo isso. Esses jogos às quartas e aos domingos
dificultam sobremaneira para que você possa corrigir e buscar uma
melhora da equipe.
Contra o Coritiba, Dorival manterá o esquema 4-4-2 da derrota por 1 a 0
para a Ponte, mas vai fazer mudanças em todos os setores. Na zaga, sai
Thiago Medeiros. Airton e Frauches disputam a vaga ao lado de Welinton,
com mais chances para o primeiro. No meio, Amaral dá lugar a Muralha na
função de primeiro volante. No ataque, Negueba vai substituir Liedson,
que nem relacionado foi e ainda precisa melhorar o condicionamento
físico. A escalação: Felipe, Léo Moura, Welinton, Airton (Frauches) e
Magal; Muralha, Ibson, Luiz Antonio e Bottinelli; Negueba e Vagner Love.
- O esquema que estávamos usando (com dois pontas e um atacante) é o
que sempre quis ter, mas estou sentindo que a equipe está encontrando
dificuldades. Acredito nesse tipo de formação, mas tenho de encontrar os
jogadores ideais.
Do jogo contra o Figueirense até o confronto com o Inter, Dorival
apostou na formação com três atacantes, com Negueba aberto pela direita,
Vagner Love centralizado, e Thomás na esquerda.
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