Pela manhã, membros de uma torcida organizada do Flamengo foram até o
Ninho do Urubu e protestaram contra o time, jogando ovos e pipoca no
ônibus do clube. Na noite desta sexta, integrantes de uma outra facção
organizada rubro-negra fizeram uma nova manifestação, desta vez na porta
do hotel que serve de concentração ao Flamengo. Os torcedores, que
carregavam faixas, batucaram e gritaram palavras de ordem. A gerência do
hotel chamou uma patrulha da Polícia Militar para encerrar o protesto,
alegando que os hóspedes estavam sendo incomodados. Com a chegada dos
policiais, o grupo cessou a manifestação de maneira pacífica.
Hotel que serve de concentração ao Flamengo (Foto: Eduardo Lamas / Globoesporte.com)
Chefiada por José Pinheiro, a equipe de segurança do Flamengo é formada
no total por cinco pessoas, que têm ainda o apoio dos seguranças do
hotel. De acordo com Pinheiro, o contingente não foi aumentado por conta
do momento de crise por que passa o Flamengo. O chefe da segurança
garantiu ainda que não planeja pedir auxílio à Polícia.
O Flamengo vive situação delicada na Taça Libertadores. Para avançar às
oitavas de final, o time precisa vencer seu último jogo na fase de
grupos, contra o Lanús, na próxima quinta, no Engenhão, e ainda torcer
para que Olimpia x Emelec, no mesmo dia, termine empatado.
Neste sábado, o Mengão joga o clássico com o vasco no Engenhão. Se
vencer, o Fla, dependendo dos demais resultados da rodada, pode
garantir a classificação à fase semifinal da Taça Rio com uma rodada de
antecipação.
Cobrança da presidente
Na tarde desta sexta-feira, a presidente Patricia Amorim esteve na
concentração. Acompanhada por outros dirigentes, ela pediu a palavra e
questionou os últimos resultados. Durante a reunião, Patricia exigiu
maior comprometimento dos jogadores e reforçou o discurso da grandeza do
Fla. O vice de futebol Paulo Coutinho e o vice jurídico Rafael de Piro
também discursaram. O técnico Joel Santana não participou da conversa
porque não foi convidado.
Ronaldinho permaneceu calado durante todo o tempo. O único que falou em
nome do grupo foi o atacante Deivid. Ele disse que o elenco é unido,
mas reconheceu os fracos resultados do ano.
- Estamos prontos para resolver essa situação. Não existe apenas um
culpado, mas sim todo o grupo. Temos um compromisso com a torcida para
mudar essa situação – disse o camisa 9 na frente de todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário