As últimas atuações do Flamengo na temporada despertaram o padrasto
vivo no corpo de Papai Joel Santana. A preleção antes da vitória por 2 a
1 sobre o Bangu, domingo, em Macaé, surpreendeu os jogadores. Não houve
uma revolução tecnológica na via do treinador ou qualquer convidado
inusitado, apenas o comportamento do comandante chamou a atenção.
Acostumado a dar carinho, Joel cobrou dedicação em campo. Com uma
escalação mais ofensiva, o time criou uma série de oportunidades, marcou
dois gols e construiu no primeiro tempo a vantagem que garantiria a
vitória por 2 a 1.
Os jogadores reconheceram a influência da mudança de comportamento de
Joel na reação do time em campo. Jogador mais jovem do time titular
contra o Bangu, Muralha aceitou as broncas do treinador como se estivesse ouvindo o pai.
- Joel chegou mais um junto. Fez um alerta para a gente chegar no jogo e
sair com um bom resultado. Ele brinca com a gente, diz que é nosso pai,
principalmente com a molecada, mas não pode só passar a mão, tem que
ser duro. Foi fundamental para a gente fazer uma bela partida - disse
Muralha, de 19 anos.
Em comparação com jogos anteriores, o goleiro Felipe
viu uma mudança de comportamento no time. A expectativa do jogador é de
que o rendimento no jogo com o Bangu seja mantido para o confronto com o
Emelec-EQU, quarta-feira, em Guayaquil, pela Taça Libertadores.
- Não sei se estava faltando comprometimento, mas a gente mostrou um
pouco mais. Não sei se foi a mudança de atleta ou uma atitude diferente.
Jogamos para cima, com o nosso adversário sabendo que o Flamengo queria
ganhar o jogo. Todo mundo se doou e estava correndo. O Love e o Deivid
voltaram quase na defesa. Esse espírito que precisamos ter na
quarta-feira e contra o vasco (sábado) - disse Felipe.
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