Há sete anos no Flamengo, Leonardo Moura virou sinônimo da
lateral-direita do Rubro-Negro. O contrato do jogador se encerra no fim
do ano. E o último – ou melhor -, o primeiro dos moicanos começa a falar
em tom de adeus. Aos 33 anos, Léo Moura afirma que deseja permanecer no
clube, mas deixa claro que pode estar próximo da despedida.
- É meu último ano de contrato, pode ser meu último no clube, quero
deixar boa impressão. Por mim, encerraria a carreira no Flamengo,
pretendo jogar por mais uns três anos, mas nunca se sabe o que pode
acontecer quando termina o contrato. Quero fazer uma temporada melhor
que a passada, quando meu rendimento não foi o mesmo de sempre. Quero
dar a volta por cima agora. E ser for minha despedida, que seja um ano
positivo - afirmou Léo Moura.
Acostumado aos problemas do clube, Léo Moura espera que a diretoria resolva problemas de atraso de luvas e direitos de imagem.
- Todo mundo que tem um atrasado quer receber, cabe ao clube resolver,
temos trabalhado forte, essas coisas fora de campo cada um vai resolver.
Esperamos que quem tenha problema resolva – disse o lateral- direito.
Em meio aos problemas, Léo Moura já foi solução. Em 2002, quando atuava
no Palmeiras, ajudou Itamar, atacante contratado nos últimos dias pelo
Flamengo, a se consagrar.
- Joguei com ele no Palmeiras em 2002. É um jogador de área. Ele até
comentou que eu o ajudei a ser vendido, pois teve um jogo que ele fez
dois gols e eu dei os passes – recordou.
Ao lado de Renato Abreu, Léo Moura é o único remanescente do jogo entre
Flamengo e Real Potosí, o empate em 2 a 2 pela Libertadores de 2007.
Ele acredita que os nove dias de preparação em Sucre (a 2.800 metros do
mar) servirão para que o time sofra menos com a altitude quando chegar a
Potosí (4.000 metros) para a partida no próximo dia 25.
- Da outra vez eu só senti um pouco de dor de cabeça na volta. Lembro
que o Renato Augusto passou mal. Acho que a aclimatação vai fazer a
diferença. Estamos nos preparando mais para o jogo. Quando foi definido
que o Flamengo jogaria lá, nem acreditei, por tudo que passamos da
primeira vez, por ter sido uma experiência ruim. O importante é não
perder na casa do adversário.
A possibilidade da despedida do Flamengo ao fim do ano faz Léo Moura
pensar no futuro e pensar no passado e presente de alegrias no clube.
- Sou realizado profissionalmente, mas se aparecer alguma coisa tenho
que pensar na minha família. Não sei o que vai acontecer. Quero ficar,
estou aqui há sete anos e sempre fui feliz.
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