Quase dois anos após o desaparecimento de Eliza Samudio, que teve um
filho com o goleiro Bruno Fernandes, surge outra versão para o caso, que
aponta o amigo e secretário particular do ex-camisa 1 do Flamengo, Luiz
Henrique Romão, o Macarrão, como autor do crime. Atual advogado de
Bruno, Rui Pimenta tentará inocentar o seu cliente sustentando a tese de
que Macarrão pode ter matado a modelo por nutrir um sentimento
homossexual pelo jogador. Para o defensor, a tatuagem - com a frase
‘Bruno e Maka. A amizade nem mesmo a força do tempo irá destruir, amor
verdadeiro' - nas costas do secretário seria prova deste amor.
"Não é usual um amigo gravar nas costas uma gravação de amor a outro
homem, o sujeito grava nomes de mulher. Mas colocar provas de amor na
própria carne, tem que ter um sentimento maior", disse Pimenta ao site
R7.
Segundo Pimenta, Macarrão poderia ter decidido cometer o crime para
tentar ajudar Bruno, já que Eliza cobrava do jogador que pagasse pensão
alimentícia para o filho, e as brigas entre os dois já tinham rendido
queixa na delegacia, quando a modelo acusou o goleiro de agressão. Ainda
segundo o advogado, Bruno nunca quis que Elisa fosse morta e jamais
determinou que o crime fosse cometido. Pimenta disse esperar que
Macarrão confesse o amor que sente por Bruno para livrá-lo da prisão.
Pimenta sugere ainda que Macarrão seja avaliado por psiquiatras
forenses.
Pode ganhar a liberdade em até 45 dias
Rui Pimenta informou também que espera que Bruno deixe a prisão em
até 45 dias para responder ao processo em liberdade. O goleiro e
Macarrão estão na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG), desde
junho de 2010. Em fevereiro termina o recesso do Judiciário e o advogado
acredita que seu pedido de habeas corpus para Bruno, feito em dezembro,
será logo analisado pelo Supremo Tribunal Federal.
Ainda segundo o defensor, Bruno treina na cadeia e tem esperança de
voltar a defender o Flamengo - clube pelo qual se sagrou campeão
brasileiro em 2009. Pimenta, porém, disse que há interesse de times de
São Paulo e da Bahia na contratação do goleiro. Advogado do Fla, Rafael
de Piro informou que o contrato de Bruno foi suspenso, mas só acaba em
31 de dezembro. A decisão de aceitar o goleiro de volta, segundo ele,
caberia à presidente do clube, Patrícia Amorim.
Uma prova de amizade
A tatuagem de Macarrão já havia chamado a atenção: na época em que o
desaparecimento de Eliza estava sendo investigado, Macarrão negou ser
homossexual e disse que o desenho em suas costas se refere à amizade que
tem por Bruno. Ele chegou a denunciar à administração da Penitenciária
Nelson Hungria, onde está preso, e à Justiça, que os demais presos o
chamavam de ‘bicha'. A declaração foi dada à Comissão de Direitos
Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que apurou ainda
supostas ameaças de morte a Macarrão.
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