Há exatamente um ano, David Braz deixava o campo do Engenhão com os
companheiros de Flamengo chateado. Na ocasião, o time fora derrotado
pelo Palmeiras por 3 a 1, pelo Campeonato Brasileiro. Quarenta e dois
jogos depois (seis em 2010), ele não perdeu mais. Dos que atuam com
frequência na equipe titular, é o único invicto. Nesta temporada,
disputou 36 das 54 partidas do time (22v/14e). Com ele no nacional,
foram 11 jogos, seis vitórias e cinco empates. Suspenso, o zagueiro não
participou da primeira derrota do ano para o Ceará, na Copa do Brasil.
Ele ficou no banco de reservas na goleada sofrida para o Atlético-GO e
não esteve nas derrotas para Avaí, Bahia, Corinthians e Atlético-PR,
pois se recuperava de uma amigdalite e uma infecção pulmonar.
- Fico muito feliz porque não é uma marca fácil de ser alcançada, algo
que você não vê todo dia, principalmente num time que precisa jogar
sempre em alto nível, contra grandes adversários. É complicado dizer que
sou um amuleto porque não jogo sozinho. O que eu sempre procuro fazer é
dar força para o time em campo, mostrar garra, sair do jogo com a
consciência tranquila de que fiz o que podia em todos os sentidos.
Graças a Deus e a todos da comissão técnica e aos companheiros de equipe
está dando certo. Sei que isso é algo que me valoriza, mas faço questão
de dizer que mais importante do que qualquer coisa é o Flamengo
alcançar seus objetivos. Meu pensamento principal é sempre esse. O resto
está acontecendo por consequência de um bom trabalho de todos.
Deivid, Thomás e David Braz comemora o primeiro gol sobre o América-MG (Foto: Jorge William/Globo)
Neste sábado, o zagueiro substituiu Alex Silva, suspenso, e voltou a
ser titular do time na vitória por 2 a 1 sobre o América-MG, de virada. O
Rubro-Negro na vencia na competição há dez rodadas, recorde negativo do
clube. David havia entrado em campo pela última vez no dia 10 de
agosto, na vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-PR, no Engenhão, pela Copa
Sul-Americana. Nasce um amuleto?
- É uma sensação maravilhosa poder voltar a jogar e principalmente a
ajudar o Flamengo a vencer. Fiquei muito tempo fora por causa do
problema que tive. Quando entrei em campo, minha motivação era tão
grande que parecia que estava jogando pela primeira vez. Sempre confiei
na nossa equipe. As coisas não vinham dando certo, mas todos estavam se
empenhando, trabalhando muito para melhorar. Uma hora a sorte tinha que
virar novamente para nosso lado. Sabemos que vencemos, mas que esse foi
apenas o começo do caminho para voltarmos a estar onde desejamos. Vamos
seguir trabalhando para tudo dar certo.
David contou que sentiu a falta de ritmo, mas contou com o incentivo dos companheiros.
- Eles me deram todo suporte possível durante a partida ajudaram muito.
Também não posso deixar de agradecer aos torcedores. Recebi muitas
mensagens de carinho pelo Twitter e isso me deu uma motivação muito
grande para encarar esse jogo. Aos poucos, partida a partida, vou
recuperando a minha melhor forma.
O técnico Vanderlei Luxemburgo elogiou o retorno do zagueiro ao time titular e também citou Welinton.
- É um jogador que gosto muito desde os tempos de Palmeiras. Optei por
ele por ser mais veloz, começou jogando com o Welinton, achei que assim
não ficaríamos expostos. Começou devagar, faltava jogo, é normal, muito
tempo parado. Ali na zaga estamos sossegados. Ninguém pegou no pé do
Welinton, que já tinha jogado bem contra o Atlético-MG. Daqui a pouco
ele vai ficar mais sossegado.
O Flamengo é o sexto na tabela, com 41 pontos. O grupo ganhou dois dias
de folga e volta ao trabalho na manhã de terça-feira, às 10h. O próximo
adversário é o São Paulo, domingo, no Morumbi.
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