Em meio à guerra política do Flamengo, a concessão do Morro da Viúva
para a empresa EBX, do milionário Eike Batista, foi contestada pelo
Conselho Fiscal, presidido por Leonardo Ribeiro, na noite desta
segunda-feira. No momento, o projeto nem seguirá para a votação em
Conselho, não tem prazo para ser decidido e está longe de um final
feliz. A exploração do prédio que existe no local seria mais uma fonte
de receita para erguer os módulos 16 e 17 do Centro de Treinamento, que
atenderão a equipe de futebol profissional. Essa área custará R$ 8,5
milhões.
- Tivemos uma reunião. O Conselho Fiscal deu um parecer e sugeriu a
reavaliação de alguns pontos. Agora, teremos que voltar a conversar com a
EBX para saber se existe interesse da parte deles em renegociar–
afirmou o vice-presidente de patrimônio, Alexandre Wrobel.
Com isso, a negociação está emperrada e deve ir por água abaixo. Pela
concessão de 25 anos, com possibilidade de renovação por mais 25 anos, a
EBX pagaria algo em torno de R$ 18 milhões para construir um hotel no
local. O clube teria dois andares voltados para a concentração de
atletas e comissão técnica, mais 1,5% do faturamento em forma de
royalties a partir de 2013.
A prefeitura do Rio de Janeiro perdoaria a dívida que ultrapassa os R$
13 milhões de IPTU das áreas comerciais do prédio na Zona Sul do Rio.
- Como parte do pacote olímpico, o prédio seria transformado e usado
como locação para as Olímpiadas de 2016. Por conta disso, a Prefeitura
concederia anistia para a dívida do IPTU – destacou Wrobel.
Segundo o vice de patrimônio, a grande maioria dos apartamentos que
pertencem ao Flamengo está inutilizada por conta da má conservação.
Com o veto ao projeto, o Flamengo terá que estudar novas alternativas
para saber o que fazer com o Morro da Viúva, e também buscar novas
fontes de receitas para a construção de parte do CT.
Nenhum comentário:
Postar um comentário