O feito histórico teve recepção à altura. Quatro dias após conquistar a
primeira medalha do país em um Mundial de Remo, Fabiana Beltrame
desembarcou no início da tarde desta terça-feira, no Rio de Janeiro, ao
som do hino do Flamengo e recebida por cerca de vinte atletas da
modalidade, além de membros da comissão técnica e da presidente do
clube, Patrícia Amorim.
Com a filha Alice no colo, a atleta de 29 anos se mostrou surpresa com a
comitiva que a esperava e foi informada pela imprensa que seguiria em
carro aberto até a garagem do remo.
Fabiana Beltrame é recebida por Patricia Amorim em desembarque (Foto:Helena Rebello/Globoesporte.com)
- Sei o quanto persegui esse caminho. Sempre treino pensando em
medalha, mas conquistá-la era algo inimaginável há alguns anos. Estava
acostumada a ver os outros ganhando, principalmente os europeus. Eles
não entendiam a nossa festa lá justamente porque, para eles, é só mais
uma medalha, enquanto essa é inédita para o nosso país. A minha ficha só
começou a cair agora quando cheguei e vi toda essa grande festa.
Apesar da euforia pelo título mundial no skiff leve, Fabiana mostrou
ter os pés firmes no chão. A esportista se diz ciente de que a cobrança,
a partir de agora, será ainda maior, principalmente porque a categoria
não é olímpica e, para ir aos Jogos de Londres, em 2012, terá que trocar
de prova. Por isso, há alguns meses, sua equipe iniciou a busca por uma
parceira que possa mudar para o skiff double após o Pan de Guadalajara,
em outubro.
- Tenho ideia da dimensão que essa conquista teve para o esporte e sei que a cobrança vai ser maior. O skiff é um barco difícil, que requer muito treino e entrosamento. Mas acho que posso conseguir um bom resultado em Londres mesmo começando a treinar só depois do Pan – disse, acrescentando que a parceira ainda não está definida.
Muito entusiasmada com a medalha de Fabiana, Patrícia Amorim se sentiu com a alma lavada. A dirigente fez questão de ressaltar como o clube tem papel importante na formação dos atletas e que os esportes olímpicos do clube merecem ser mais valorizados.
- Essa medalha foi um divisor de águas. Antes o remo era um esporte que as pessoas ouviam falar que se praticava na Lagoa, e agora é algo de dimensão nacional, internacional. Atingimos a excelência técnica pela qual trabalhamos. Para 2016, teremos campeões mundiais em esportes em que o Brasil jamais poderia imaginar. Eu me sinto extremamente recompensada por ver uma mulher campeã em um esporte com características tipicamente masculina. Algumas pessoas falam que não gosto do futebol e tenho devaneios olímpicos. Está ai a resposta para elas.
- Tenho ideia da dimensão que essa conquista teve para o esporte e sei que a cobrança vai ser maior. O skiff é um barco difícil, que requer muito treino e entrosamento. Mas acho que posso conseguir um bom resultado em Londres mesmo começando a treinar só depois do Pan – disse, acrescentando que a parceira ainda não está definida.
Muito entusiasmada com a medalha de Fabiana, Patrícia Amorim se sentiu com a alma lavada. A dirigente fez questão de ressaltar como o clube tem papel importante na formação dos atletas e que os esportes olímpicos do clube merecem ser mais valorizados.
- Essa medalha foi um divisor de águas. Antes o remo era um esporte que as pessoas ouviam falar que se praticava na Lagoa, e agora é algo de dimensão nacional, internacional. Atingimos a excelência técnica pela qual trabalhamos. Para 2016, teremos campeões mundiais em esportes em que o Brasil jamais poderia imaginar. Eu me sinto extremamente recompensada por ver uma mulher campeã em um esporte com características tipicamente masculina. Algumas pessoas falam que não gosto do futebol e tenho devaneios olímpicos. Está ai a resposta para elas.
Do aeroporto, Fabiana seguiu para a carreata até a garagem do remo do
clube. Após a medalha, a atleta já volta aos treinos nesta quarta-feira.
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