sábado, 13 de agosto de 2011

Pet sela paz com Edilson, mas brinca: 'Perdemos a Mercosul por sua culpa'


Desafetos declarados no período em que defenderam juntos o Flamengo, entre 2000 e 2001, Petkovic e Edilson selaram a paz. A dupla brincou muito e trocou provocações durante entrevista concedida pelo sérvio ao baiano para o quadro "Edilson que o povo gosta", exibido semanalmente pelo Globo Esporte Bahia. Eles conversaram em uma sala de cinema, onde assistiram ao documentário "O Gringo", que retrata a história do craque.

Na primeira referência às dificuldades que tinham um com o outro na Gávea, Pet não perdoou e lembrou a expulsão de Edilson durante o primeiro jogo da decisão da Mercosul de 2001. Na ocasião, o baiano levou o vermelho no etapa inicial do empate por 0 a 0 com o San Lorenzo.

- Não ganhamos a Sul-Americana (Mercosul) por sua culpa - disparou.

O Capetinha não deixou por menos e recordou um atraso do "ex-inimigo" às vésperas da finalíssima, realizada somente no dia 24 janeiro de 2002 - o governo argentino decretou Estado de Sítio no mês anterior e acabou adiando a partida.

A ideia do filme surgiu em 2001, depois daquele jogaço que fizemos contra o vasco e conquistamos o título (tricampeonato carioca)"
Pet

- É verdade, ele tem razão. Fui expulso naquele jogo, mas você chegou atrasado na pré-temporada e ficou lá na Sérvia por um tempão - retrucou.

Pet alegou ter ficado 30 dias na Sérvia, mas realmente sempre retornava após os demais no início de cada ano. O Fla terminou como vice-campeão, sendo derrotado pelo San Lorenzo nos pênaltis após empate por 1 a 1 no tempo normal.

Para enfim acabar com as rusgas, o Gringo destacou o entendimento que tinham nos jogos, citando uma vitória por 4 a 0 sobre o Independiente, em Brasília, pela mesma edição da Mercosul, em 2001.

Acabo de assistir ao filme do Pet, que é muito bom. Maravilhoso"

Edilson

- A gente se deu muito bem em campo, até mesmo depois de termos discutido em Brasília. No dia seguinte, fiz dois passes para você marcar os gols. Então isso é bom para ensinar à garotada: uma vez dentro de campo, o que vale é a camisa e o clube. Depois do campo, a gente toma uma e até briga, mas dentro dele fica tudo bem - garantiu, equivocando-se mais uma vez. Na verdade, ele, que brilhou no duelo em questão, deu três assistências para gols, mas apenas uma foi para o Capetinha. As outras duas foram para o zagueiro Juan.

Edilson concordou com Petkovic, a quem inclusive chamou de amigo no início da entrevista, e brincou, sendo prontamente corroborado pelo ex-companheiro:

- A gente briga com nossas mulheres dentro de casa - disse, rindo muito.

- Todo dia! - exclamou o Pet.

Vitória

O Gringo também abordou seus tempos de Vitória, primeiro clube defendido por ele no Brasil. Ele destacou a "história de pescador" que ouviu de Valtércio Fonseca, à época dirigente do clube baiano, e se divertiu ao lembrar de seu primeiro dia com a camisa do Rubro-Negro local.

Infelizmente não joguei pelo Bahia. Recebi convites, mas tenho muito carinho pelo Vitória. Agradeci com educação, é claro"

Pet

- Foi um sucesso. Cheguei da Espanha (onde defendia o Real Madrid) com um jornal e a página de trás era toda dedicada ao Evaristo de Macedo, meu técnico. Tinha um gol de peixinho dele. No dia seguinte, fui treinar e mostrei para ele. O Evaristo começou a falar: 'Viu? Eu joguei bola!'. Depois disso, ele me botou para jogar e me deixou em paz - completou, mais uma vez após muitas risadas.




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