Desde o fim de janeiro sem patrocinador master, o Flamengo aprovou na
noite desta quinta-feira, por unanimidade no Conselho Deliberativo, o
novo contrato de patrocínio com as marcas da P&G - Duracell e
Gillette.
Com um investimento de R$ 6,6 milhões, o contrato, com vigência até
dezembro de 2011, dá direito à presença das logomarcas nos uniformes de
jogo, de treino, no backdrop do clube e em placas de publicidade no
Centro de Treinamento. O time já usará a nova camisa na partida deste
domingo contra o Figueirense, às 16h, em Florianópolis.
A negociação com a P&G foi intermediada pela agência 9ine, que tem
Ronaldo Fenômeno como sócio. Do valor total, 15% irão para a empresa do
Fenômeno como comissão, e R$ 5,6 mi ficarão com o clube.
Após sete meses de busca, o Flamengo terá um patrocinador principal (Foto: Márcia Feitosa / Vipcomm)
- Estamos dando mais um passo importante na valorização da marca
Flamengo. É o início de uma grande parceria que tem tudo para ser
duradoura. Teremos em nossa camisa mais uma marca com o tamanho e com a
grandeza que o Flamengo merece - disse a presidente do Flamengo,
Patricia Amorim, via comunicado oficial do clube.
Com o acerto com a Procter & Gamble, o Flamengo contabiliza R$ 16,6 milhões em patrocínios (já possui R$ 8 milhões do BMG nas mangas e R$ 2 milhões da TIM no número da camisa).
Com o acerto com a Procter & Gamble, o Flamengo contabiliza R$ 16,6 milhões em patrocínios (já possui R$ 8 milhões do BMG nas mangas e R$ 2 milhões da TIM no número da camisa).
Foram sete meses sem um patrocínio master, o que gerou mal-estar e
questionamentos internos. Inicialmente, o Flamengo pedia cerca de R$ 30
milhões para o patrocinador principal. Diante da dificuldade em
encontrar interessados, o departamento demorou, mas passou a trabalhar
com a ideia de “fatiar” o uniforme. Alguns poderes do clube, em especial
do Conselho Fiscal, condenaram a intenção sob justificativa de que a
camisa seria transformada em macacão de Fórmula 1. O que só gerou
indecisão, perda de tempo e de dinheiro. No primeiro semestre, o clube
rejeitou uma proposta de R$ 16 milhões até o fim do ano de uma montadora
de carros. O prazo para fechar com uma empresa chegou a ser estipulado
para o fim de março, o que não ocorreu.
Parceira do clube na contratação de Ronaldinho Gaúcho, a Traffic
decidiu monitorar as negociações com a P&G de perto. A preocupação
da empresa se explica. O retorno da parceria com o Flamengo por R10 é
totalmente baseado na geração de receitas do departamento de marketing.
Não há no contrato, por exemplo, garantias que envolvam percentuais de
direitos econômicos de atletas do clube.
No entanto, a negociação com a P&G não passou pela Traffic. Do
valor que irá entrar nos cofres do Rubro-Negro com o novo contrato,
nenhum centavo irá para a conta da empresa. O contrato entre as partes
considera como ponto de partida os R$ 30 milhões recebidos no ano
passado (soma dos contratos com Batavo - R$ 22 milhões - e BMG – R$ 8
milhões) e prevê a divisão da quantia excedente da seguinte forma: 50%
para Ronaldinho; 30% para o Flamengo e 20% para a Traffic, que também
pode trabalhar como intermediária na captação de patrocinadores e
faturar 15% de comissão de agência.
Alto valor de comissão veta o Felicidade Urbana
Também estava prevista para a reunião desta quinta a votação da
proposta de patrocínio do site de compras coletivas Felicidade Urbana,
no valor de R$ 5,2 milhões por 12 meses. O contrato, no entanto, saiu da
pauta por decisão da presidente Patricia Amorim. Os principais entraves
para o acerto foram a forma de pagamento - duas parcelas de R$ 100 mil e
outras dez de R$ 500 mil - e o alto valor da comissão a ser paga à
agência que intermediou a negociação. Esse valor seria de um total de R$
800 mil divididos em duas parcelas, com os pagamentos sendo feitos no
início da vigência do contrato. Para se ter uma ideia, a comissão paga
sobre o contrato com a Batavo, em 2010, de R$ 22 milhões, não passou de
R$ 700 mil.
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