terça-feira, 12 de julho de 2011

Assim como em 2009, Airton será denunciado por agressão



A torcida do Flamengo se despediu de Airton em 2009 vendo um lançamento do volante para Adriano no jogo do título brasileiro contra o Grêmio. A jogada aos 12 minutos daquela última rodada não deu em nada (clique aqui e reveja), mas o camisa 5 parecia mostrar que a fase dos pontapés tinha ficado definitivamente no passado. O retorno ao Brasil, até o momento, mostra o contrário. São dois amarelos em dois jogos. E poderia ter sido pior. No Fla-Flu do último domingo, Airton agrediu Souza em lance que merecia expulsão. Nesta terça-feira, o procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Paulo Schmitt, disse que vai denunciar o jogador por agressão. Ele será enquadrado no artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, cuja pena varia de quatro a 12 jogos de suspensão. 
- Já analisei as imagens e ele será denunciado. O árbitro da partida (Rodrigo Nunes de Sá) também. Será enquadrado no artigo 259, deixar de observar as regras da modalidade. A pena varia de 15 a 120 dias de suspensão - explicou. 
A imagem forte teve sabor de filme repetido. Airton tem no currículo uma suspensão de cinco jogos no STJD por ter levado cartão vermelho na goleada de 5 a 0 do Coritiba na sexta rodada do Brasileiro de 2009. Naquela ocasião, o volante pisou no atacante Ariel. Pouco tempo antes, no jogo de volta pelas quartas de final da Copa do Brasil, Airton fizera algo parecido com Nilmar, que defendia o Inter na época  (assista aos lances no vídeo acima). Segundo Paulo Schmitt, o volante não será considerado reincidente.
- Já se passaram 12 meses da denúncia anterior. Nesse caso, não vamos considerar como reincidência.
Andrade lembra que domar o volante foi um de seus maiores desafios na campanha do título brasileiro. Naquele ano, Airton levou 17 amarelos e dois vermelhos nas quatro competições que disputou (Carioca, Copa do Brasil, Copa Sul-Americana e Brasileiro). Na reta final da Série A, ficou as últimas sete rodadas sem ser advertido.
- Ele tinha mania de deixar o braço. Era um costume que tinha desde a base, levantava o cotovelo, gostava de se impor pela força. Disse a ele que acabaria rotulado como um jogador violento. E não precisava disso, porque tinha recurso. Sabe passar a bola, tem domínio, não é um volante que só sabe bater, pelo contrário - lembra o treinador, que foi volante nos títulos mais importantes da história do Flamengo, a Libertadores e o Mundial de 81.
Para Andrade, Vanderlei Luxemburgo já deve ter na cabeça como fazer para Airton abandonar de vez a rotina de cartões.
- Apesar de ainda ser um pouco jovem (21 anos), já é rodado, tem experiência, não era mais para cometer esse tipo de erro. Mas é um cara tranquilo. Assim como eu conversei com ele e deu resultado, o Vanderlei vai saber conversar também. Ele sabe que tem potencial.

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