domingo, 29 de maio de 2011

Flamengo entrega a vitória

Diante de um time limitadíssimo do Bahia, formado por um bando de jogadores proscritos em outros clubes (casos de Souza, Jobson, Lulinha, Titi, Faehl etc), o Flamengo esteve duas vezes em desvantagem e quando, enfim, conseguiu virar o placar, deixou escapar a vitória que parecia certa, sofrendo o terceiro gol, aos 44 minutos do segundo tempo.

O empate em 3 a 3 acabou sendo um justo prêmio ao espírito de luta dos baianos e um castigo merecido para os cariocas que, após se colocarem à frente no placar, pecaram por tentar fazer o tempo passar tocando a bola em seu próprio campo, quando o adversário já atuava com um jogador a menos, pois Hélder fora expulso (aos 30 minutos da etapa final).

Jobson, que nem Botafogo nem Atlético Mineiro quiseram, foi o herói da partida, marcando dois gols - inclusive o último, que garantiu a igualdade, já no finalzinho.

No Fla, que dominou as ações durante os 90 minutos, o melhor em campo foi o lateral-esquerdo Egídio (autor, inclusive, do terceiro gol), o que, indepedentemente de sua boa atuação, dá uma boa medida de como as estrelas rubro-negras estiveram apagadas.

Ronaldinho Gaúcho, por exemplo, até fez um gol (o primeiro) mas mostrou-se lento e pouco inspirado na maioria das jogadas. O mesmo pode-se dizer de Thiago Neves, que arriscou apenas alguns chutes de fora da área, mas quase nada produziu como armador.

Apesar disso - e das tradicionais falhas da zaga, que permitiram os dois primeiros gols baianos -, o triunfo parecia garantido quando Egídio marcou o terceiro gol e, logo em seguida, Hélder foi expulso.

Foi quando o Flamengo, a começar pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, começou a pensar pequeno. Em vez de continuar imprensando o adversário (que mal tocou na bola até o terceiro gol dos campeões cariocas), preferiu recuar e tentar garantir o resultado. Galhardo sentiu, entrou Jean, em seu lugar - para formar uma linha de três zagueiros - e Fernando já ia substituindo Bottinelli (um dos melhores em campo), quando Willians sentiu a coxa - e foi no lugar dele que o atabalhoado reserva entrou.

Recuado e tocando a bola em seu próprio campo (quando deveria tê-lo feito a partir da intermediária do adversário), o Fla acabou chamando o Bahia para o ataque e o gol de empate começou a se desenhar com clareza. Jobson e Rafael (de cabeça) quase marcaram antes e, aos 44 minutos, quando Fernando saiu jogando errado, o Bahia recuperou a bola e Jobson foi novamente lançado, pela esquerda. Desta vez ele não vacilou e fuzilou Felipe, empatando a partida definitivamente.

 Com razão, os jogadores do Bahia sairam de campo comemorando o resultado como se fosse vitória. E os do Flamengo, lamentando como derrota. Por covardia tática e pela teimosa insistência do técnico com jogadores medíocres como (Fernando, Jean, Welinton e David), o Flamengo desperdiçou dois pontos preciosos na Arena de Pituaçu.


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