Diante de um time limitadíssimo do Bahia, formado por um bando de
jogadores proscritos em outros clubes (casos de Souza, Jobson, Lulinha,
Titi, Faehl etc), o Flamengo esteve duas vezes em desvantagem e quando,
enfim, conseguiu virar o placar, deixou escapar a vitória que parecia
certa, sofrendo o terceiro gol, aos 44 minutos do segundo tempo.
O
empate em 3 a 3 acabou sendo um justo prêmio ao espírito de luta dos
baianos e um castigo merecido para os cariocas que, após se colocarem à
frente no placar, pecaram por tentar fazer o tempo passar tocando a bola
em seu próprio campo, quando o adversário já atuava com um jogador a
menos, pois Hélder fora expulso (aos 30 minutos da etapa final).
Jobson,
que nem Botafogo nem Atlético Mineiro quiseram, foi o herói da partida,
marcando dois gols - inclusive o último, que garantiu a igualdade, já
no finalzinho.
No Fla, que dominou as ações durante os 90 minutos,
o melhor em campo foi o lateral-esquerdo Egídio (autor, inclusive, do
terceiro gol), o que, indepedentemente de sua boa atuação, dá uma boa
medida de como as estrelas rubro-negras estiveram apagadas.
Ronaldinho
Gaúcho, por exemplo, até fez um gol (o primeiro) mas mostrou-se lento e
pouco inspirado na maioria das jogadas. O mesmo pode-se dizer de Thiago
Neves, que arriscou apenas alguns chutes de fora da área, mas quase
nada produziu como armador.
Apesar disso - e das tradicionais
falhas da zaga, que permitiram os dois primeiros gols baianos -, o
triunfo parecia garantido quando Egídio marcou o terceiro gol e, logo em
seguida, Hélder foi expulso.
Foi quando o Flamengo, a começar
pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, começou a pensar pequeno. Em vez de
continuar imprensando o adversário (que mal tocou na bola até o terceiro
gol dos campeões cariocas), preferiu recuar e tentar garantir o
resultado. Galhardo sentiu, entrou Jean, em seu lugar - para formar uma
linha de três zagueiros - e Fernando já ia substituindo Bottinelli (um
dos melhores em campo), quando Willians sentiu a coxa - e foi no lugar
dele que o atabalhoado reserva entrou.
Recuado e tocando a bola em
seu próprio campo (quando deveria tê-lo feito a partir da intermediária
do adversário), o Fla acabou chamando o Bahia para o ataque e o gol de
empate começou a se desenhar com clareza. Jobson e Rafael (de cabeça)
quase marcaram antes e, aos 44 minutos, quando Fernando saiu jogando
errado, o Bahia recuperou a bola e Jobson foi novamente lançado, pela
esquerda. Desta vez ele não vacilou e fuzilou Felipe, empatando a
partida definitivamente.
Com razão, os jogadores do Bahia
sairam de campo comemorando o resultado como se fosse vitória. E os do
Flamengo, lamentando como derrota. Por covardia tática e pela teimosa
insistência do técnico com jogadores medíocres como (Fernando, Jean, Welinton e David), o
Flamengo desperdiçou dois pontos preciosos na Arena de Pituaçu.
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