- Se não eu ficava lá (na Itália) e não mandava embora R$ 14 milhões – disse Adriano, que na última semana afirmou a uma emissora Italiana que se sentia pronto para voltar ao país.
O Imperador não garantiu se ficará na Gávea até o fim de seu contrato, no meio do ano. Mas deixou bem claro qual é o seu objetivo: escrever seu nome na história do clube conquistando a Libertadores. O atacante está confirmado contra o Universidad Católica, nesta quarta-feira, no Maracanã, na estreia rubro-negra na competição. Mas o Imperador desfalcará o time contra o Macaé, às 19h30m (horário de Brasília) de sábado, em Volta Redonda, pela Taça Rio. Ele estará com a Seleção Brasileira para o amistoso contra a Irlanda, dia 2 de março, na Inglaterra.
Confira abaixo os principais trechos da coletiva de Adriano. O Imperador lamentou a derrota para o Botafogo e disse que "para manter o nível alto tem de trabalhar sempre", apesar de ser o jogador que mais falta a treinos no clube.
Como estão o Flamengo e o Adriano para a estreia na Libertadores? Aumenta a responsabilidade pelo fato de o time ser o atual campeão do Brasileiro?
A ansiedade aumenta por sermos o campeão brasileiro. Isso nos dá mais responsabilidade. Estamos no caminho certo. Não ganhamos do Botafogo, mas isso acontece. É bom para aprender. Não somos de ferro e sabíamos que um dia iria acontecer. De repente faltou um pouco mais de alegria, de seriedade. Mas foi bom para aprendermos. Para manter o nível alto tem de trabalhar sempre. O título (da Libertadores) será muito importante para todos nós. Sabemos que nós ficaremos na história. Voltei para o Flamengo e fui campeão brasileiro no primeiro ano. Conquistar a Libertadores no segundo seria inexplicável
Como está sua cabeça para a estreia desta quarta?
É importante jogar uma Libertadores com a camisa do Flamengo. Sei da minha responsabilidade e espero ter uma boa atuação para esquecer a derrota para o Botafogo. Como tem pouco tempo, não deu ainda para esquecer. Mas agora só estamos pensando na Libertadores e queremos mostrar o que podemos fazer em campo. É outro Flamengo. Peço ao torcedor que compareça. Para nós é importante ter o calor e o afeto deles. A torcida é o 12º jogador em campo. Libertadores é uma competição muito forte. Mas tive experiências boas em competições assim. Os jogadores chegam mais forte, o juiz não marca tantas faltas, mas já estou acostumado.
O Andrade já passou alguma coisa sobre o título de 81 para vocês?
Ainda não. Mas esperamos que ele possa comentar alguma coisa. É uma responsabilidade boa e o Flamengo tem tudo para ir bem.
Como você recebeu as provocações da torcida do Botafogo com relação ao Império do Amor?
É normal quando se trata de dois jogadores importantes. Mas não atingiu ninguém. Somos dois jogadores vividos, temos nossa consciência tranquila, e sabemos que os torcedores adversários vão querer fazer de tudo para nos desestabilizar.
Recentemente você deu uma entrevista a uma emissora de Tv italiana dizendo que poderia voltar para a Itália. Qual a possibilidade de isso acontecer? Quais são seus planos para o futuro?
Meu futuro eu não planejei. Quero fazer meu nome no Flamengo. Já consegui o Brasileiro e agora quero a Libertadores. Perguntaram se eu tinha capacidade de voltar para a Europa e eu disse que sim. Mas isso tem de ser pensado. Estou muito bem no Flamengo. Estou feliz e dinheiro não importa. Dinheiro nunca foi primeiro plano. Senão eu ficava lá e não mandava embora R$ 14 milhões. Se for bom para mim, eu vou. Se não for, eu fico.
Como o grupo recebe o fato de você ter regalias?
Dentro do grupo eu sou muito tranquilo. Todas as vezes que eu não vim eu avisei. É só perguntar ao Isaías (Tinoco, gerente de futebol) ou ao Marcos Braz (vice de futebol). É porque é o Adriano, se fosse outro jogador...
Como está o Adriano fisicamente e psicologicamente, não só planejando o seu ano no Flamengo, mas também na Seleção Brasileira?
Fisicamente, estou 70%, 80%. Mas daqui a pouco eu chego a 100%. De cabeça, estou feliz, tranquilo, e é só manter a calma.
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