Quatro jogos, nenhum gol e muita história para contar. Bruno Paulo não vai ficar no Flamengo, mas certamente fará parte do folclore. Para o bem ou para o mal. Nesta quinta-feira, em longa explanação, o vice-presidente de futebol Marcos Braz abriu parcialmente a caixa-preta e avisou que ouviu do próprio jogador que não há mais “clima” para ele continuar no Rubro-Negro.
O imbróglio começou no início de agosto. Depois de estrear com sucesso nos profissionais, Bruno Paulo foi chamado para renovar o contrato, mas em diversas ocasiões, segundo o dirigente do Fla, o empresário dele, Pedro Pereira, faltou às reuniões. Marcos Braz lembrou que o agente é filho de um ex-dirigente do vasco, Paulo Pereira.
- Uma hora a paciência acaba e decidimos colocá-lo novamente nos juniores. Não o impedimos de trabalhar. Apenas, por decisão da diretoria, ele saiu do time profissional. E a partir daí passou a não comparecer aos treinos. E já que o empresário dele diz que gosta de transparência é bom deixar claro que ele é filho de um ex-vice de futebol do vasco na época do Eurico - disse Braz.
A indisciplina do atacante é recorrente desde os tempos de juvenil. Ele perdeu treinos e foi advertido em algumas ocasiões. Marcos Braz levou um documento datado de 2007 e assinado pelo então vice de futebol Kleber Leite com uma dessas advertências.
O contrato termina em fevereiro de 2010, e o Flamengo ofereceu um salário acima do patamar para jogadores recém-promovidos, além de ceder a Bruno 35% dos direitos econômicos. Mesmo assim, alegando ter ofertas maiores, o empresário do jogador recusou.
- Prefiro acreditar que o Bruno Paulo só seja moleque na idade (19 anos) e não nas atitudes. Ele veio pessoalmente a mim e disse que não tem mais condição de jogar no Rio porque é chamado de mercenário nas ruas - afirmou o vice de futebol rubro-negro.
O caso foi encaminhado ao departamento jurídico para análise. O clube não pretende liberar Bruno Paulo dos treinos antes do fim do compromisso e tampouco aumentar a proposta. A saída é considerada questão de tempo.
- Ele foi devidamente valorizado. Extrapolei todos os meus patamares para tentar mantê-lo e reparar um possível erro - disse Marcos Braz.
A reportagem do GLOBOESPORTE.COM tentou entrar em contato com o empresário do jogador, mas o celular estava desligado.
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