O momento financeiro ruim pelo qual o Flamengo passou nos últimos anos fez com que a diretoria passasse a dar mais valor a uma política que sempre deu certo no clube: aproveitar os talentos que vêm das categorias de base. No atual time do técnico Cuca, as crias dos juniores vêm ganhando cada vez mais espaço.
Será este um bom presságio de que a equipe pode repetir os áureos tempos da década de 80, quando a Geração de Ouro, composta em grande parte por jogadores criados no clube, ganharam tudo?
Em entrevista exclusiva ao JORNAL DOS SPORTS, Adílio, uma das referências do time campeão mundial pelo Flamengo em 1981, revelado nas divisões de base e ex-treinador da equipe de juniores, não escondeu o orgulho de ver suas crias, como Fabrício, Welinton, Airton, Erick Flores e Guilherme Camacho como boas opções para o técnico Cuca no time profissional nesta temporada.
"Fico muito feliz em ver estes meninos rendendo bem no profissional. É uma coisa que dinheiro nenhum no mundo paga. Sempre disse para eles que estariam logo no time de cima", diz.
O eterno ídolo da Nação Rubro-Negra revelou ainda que o trabalho feito com os garotos foi muito além do técnico e tático: foi também de formar o pensamento dos jovens jogadores da base.
"O psicológico deles sempre foi muito bem trabalhado e isso está sendo provado. Eles entram, jogam com muita vontade, independentemente de contra quem for. Não têm medo. No domingo, por exemplo, foram muito bem para anular o Fred".
Fabrício, recém-chegado de empréstimo ao futebol alemão e que também teve passagem de sucesso pelo Paraná, tem apenas 19 anos, mal estreou como profissional do Flamengo e já arrumou a zaga. Antes dele, o time vinha em crise, e havia levado nove gols em duas derrotas. Com ele, foram uma vitória e um empate, sem levar gols.
"É bom saber que todo o trabalho na base está dando uma recompensa agora e estamos tendo a oportunidade de mostrar nosso futebol no profissional. Na minha auto-avaliação, ainda acho que posso melhorar, pegar mais o ritmo de jogo”, diz o zagueiro, por telefone, ao JS.
“Acredito que tive boas atuações em duas partidas difíceis, contra duas grandes equipes, e, felizmente, desde que eu entrei, o time não tomou nenhum gol", observa.
O jogador, que chegou às mãos de Adílio como lateral-esquerdo, também ficou famoso por ser um zagueiro-artilheiro nas categorias de base, Fabrício está ansioso também para deixar sua marca no profissional.
"Acho que o gol está amadurecendo. Contra o Inter, foi quase de falta. Contra o Fluminense, quase de cabeça. Daqui a pouco sai, se Deus quiser", completa
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