terça-feira, 30 de junho de 2009

Espelho para companheiros, Kleberson promete ‘andar sempre na linha’

De bermuda e chinelo de dedo, Kleberson se reapresentou nesta terça-feira ao Flamengo, e o sorriso permanente no rosto evidenciava a satisfação com a reviravolta que aconteceu em sua carreira em apenas seis meses. De reserva na fatídica campanha na Taça Guanabara a titular absoluto e autor de dois gols na decisão do Estadual, o volante retornou da seleção brasileira com astral renovado. Normalmente tímido e calado, ele não se privou de falar com os companheiros da experiência na Copa das Confederações e assumiu definitivamente o posto de um dos líderes do elenco.

Com a experiência de quem já conquistou todos os títulos mais importantes com a camisa canarinho (levantou também a Copa do Mundo de 2002 e a Copa América de 2004), Kleberson quer fazer de sua história motivação para os rubro-negros e usa a partida decisiva da competição na África do Sul como primeira lição para o restante do Brasileirão.

- Tenho 30 anos e a experiência é muito importante. Principalmente pelo que aconteceu na última partida da Copa das Confederações. Estávamos perdendo por 2 a 0 e conseguimos virar a partida. É sempre legal ver os garotos acompanhando o dia-a-dia. Procuro tratar todo mundo igual. Um dia eles vão estar nessa situação, quem sabe até melhor.


De volta à Gávea, o jogador garante não pensar em deixar o Flamengo em breve. Ciente dos riscos de uma mudança tão próximo da Copa do Mundo, Kleberson reforçou que voltar à África em 2010 é uma meta, que passa pela conquista do título brasileiro.

-Eu trabalho minha carreira por objetivos. Quando retornei, só pensava em representar bem o Flamengo e dentro disso voltar à seleção. Graças a Deus consegui isso. A gente sabe que jogadores sempre despontam. Em 2002, fui convocado no ano da Copa. Vale o que o jogador fizer no clube. Vou andar sempre na linha. Estou muito feliz no Flamengo e quero ser campeão brasileiro.

Enquanto servia a seleção, o volante garantiu que não deixou de lado o Rubro-Negro, admitiu que a equipe sentiu sua falta, mas celebrou a volta por cima.

- Acompanhei tudo e sofri da mesma maneira que os outros jogadores. Isso demonstra a característica do nosso grupo, que estava em formação e conseguiu se manter bem. Sinto um pouco, porque demorei para encaixar. A equipe pode ter sofrido a ausência. Mas logo depois tivemos o retorno e vencemos o Inter por 4 a 0.

Sem Kleberson, o Flamengo realizou quatro partidas e venceu apenas um, contra o Internacional.

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