Depois de um 2008 sem muitas oportunidades, Jônatas começou o ano sendo testado aos poucos por Cuca. Em todos os jogos ele soube aproveitar a chance e, com isso, a confiança do técnico e da torcida começaram a transparecer. Mas Jônatas tem jogado em uma função diferente, quase como um meia de ligação. Não que isso chegue a ser novidade, já que já atuou assim pelo Espanyol - que o emprestou ao Flamengo até julho. Mas ele faz questão de dizer que é volante.
Fiel às suas raízes, extrovertido com os companheiros de grupo e introvertido com a mídia em geral, Jônatas concedeu entrevista exclusiva ao LANCENET! sonhando dias melhores pelo clube que o revelou.
L! - Como é estar completando 200 jogos pelo Flamengo? Ano passado você poderia ter completado esta marca, mas não te-
ve oportunidade. É melhor que este ja acontecendo isso agora?
Se puder entrar como titular e completar 200 jogos será importante. Fico feliz, mas penso em fazer mais pelo Flamengo. O objetivo é completar 300, 400. Mas a felicidade pela marca alcançada não tem explicação. Sou identificado com clube e
muito feliz aqui. Como o momento não era tão bom ano passado, acho que vai ser bem melhor completar essa marca especial agora pelo momento que estou passando e por se tratar de um clássico. Só tenho a agradecer ao Cuca e ao grupo que
reconhecem meu potencial e confiam em mim.
L! - E esse nova função tática, jogando mais adiantado quase como uma meia? Como está se sentindo?
Foi até bom você ter perguntado isso. Ele falou que eu ia jogar de meia, mas não é bem assim. Sou um terceiro homem de meio campo, que joga com três volantes. Ele gostou que eu joguei mais pelo lado esquerdo, mais à vontade. Mas Kleberson e
Toró ficaram um pouco mais atrás. Me sinto bem jogando desse jeito, mas não me chamo de meia. Eu sou um volante. Como tenho um pouco mais visão de jogo e gosto de enfiar bola, ali mais na frente fica melhor pra isso. Também dá para fazer uma
tabela com Obina e ficar mais perto do gol. Está sendo legal. Mas onde Cuca precisar, estou à disposição.
L! - Antes do belo gol contra Mesquita, você lembra qual tinha sido o último pelo Flamengo?
Não... Não estou lembrando... Qual foi?
L! - Foi um que deu a vitória do Flamengo contra o Botafogo no Brasileiro de 2006. Consegue lembrar?
É verdade. Fazia tempo (risos). Comecei a jogada no meio, deixei a bola correr. No fundo, quebrei o zagueiro na canhota, cavei pro Vinícius Pacheco e na hora de tocar de rosca a bola desviou em alguém e acabou encobrindo o goleiro.
L! - Essa lembrança ajuda para repetir a dose contra o Botafogo?
A expectativa é de fazer mais um gol, seja entrando como titular ou no segundo tempo. Vou tentar me acostumar a fazer gol. É bom pra quem joga perto da área. Até porque sempre sobra uma bola ali perto...
L! - Contra o Boavista, você estava jogando mais adiantado, foi substituído no intervalo e uma parte da torcida falou mal do Cuca na hora. Como você tem sentido o carinho da torcida?
É legal. Fiquei surpreso em Volta Redonda, quando pediram minha entrada (contra o Bangu) poque nem apareço muito na imprensa e tal. Nem acreditei muito. Mas quando saio na rua o pessoal torce, comenta, dá um carinho que fortalece mais ainda a nossa confiança.
L! - Por falar em confiança, como tem sido o seu relacionamento com Cuca? Em 2005 vocês tiveram alguns problemas.
É outra relação agora. Eu era bem mais garoto naquela época. Tinha uns 21 anos e ele estava começando a carreira como treinador também, mesmo já tendo passado pelo São Paulo. O tempo passa e vamos aprendo. O clima agora está legal.
L! - Ele sempre tem te elogiado, mas diz que você tem de jogar aos poucos pois faz parte de um processo de readaptação por ter ficado um tempo sem jogar.
Esse processo que ele diz é porque falta ritmo de jogo. Eu realmente estava um tempo sem jogar e é bom ir entrando aos poucos. Não adianta só ele querer me ajudar, eu também quero e é isso que está acontecendo.
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