A expectativa de retorno do Campeonato Brasileiro é para o fim de julho e, no mais tardar, no início de agosto. É o que afirmou o presidente Rodolfo Landim, do Flamengo, em entrevista ao canal CNN nesta segunda-feira. Segundo o mandatário, a resolução do calendário nacional e sul-americano é um dos grandes desafios gerados pela paralisação do futebol por conta da pandemia do novo coronavírus, que interrompeu os torneios a partir do mês de março.
- Em relação ao calendário, é claro que temos um desafio grande pois o ano só tem 365 dias. Já tínhamos todas competições e as paralisamos. Essa é uma das razões pelas quais aqui no Rio de Janeiro tentamos dar esse passo, claro que ouvindo as autoridades, para começar o campeonato o mais cedo possível. A gente espera que final de julho, no mais tardar em agosto, possamos começar o Campeonato Brasileiro. Terá que ter um reajuste com a Conmebol, com a Libertadores e a Sul-Americana. Ainda existe uma indefinição maior pois envolve questão das fronteiras, que precisam estar com as mesmas abertas. A expectativa que se tem, de acordo com as últimas conversas com a CBF, é que o calendário deste ano deve se estender até o final de janeiro, pelo menos, para terminar todas competições da forma como foram idealizadas - afirmou.
O mandatário rubro-negro voltou a destacar os protocolos de segurança elaborados e implementados pelo departamento médico do clube no dia a dia dos jogadores, no CT do Ninho do Urubu, destacando que, a partir do retorno das atividades e do acompanhamento com testes de atletas e familiares, o time não registrou novos casos de Covid-19. "Entendemos que estamos prestando um enorme serviço à sociedade", disse - leia as declarações de Landim abaixo.
Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, em entrevista à CNN:
"Desde a paralisação do campeonato, começamos a pensar como seria a volta. Colocamos todos nossos técnicos para discutir e ouvir o que estava sendo implementado na Europa, convidamos clubes para a discussão liderada pela Ferj, com a presença de infectologistas, virologistas, todos médicos, criamos um protocolo super seguro. O Flamengo foi pioneiro, chamamos os atletas para testar há um mês e meio. Cerca de 15, 18% das pessoas estavam infectadas. O que notamos é que tivemos 9 jogadores infectados naquele momento, testamos também o núcleo familiar e isolamos aqueles infectados, e controlamos eles por testes. Desde então, mais nenhum foi infectado. O que está dando certo nos outros lugares do mundo é testar e isolar as pessoas. Entendemos que estamos prestando um enorme serviço a sociedade. Assim que é identificado nos avisamos aos órgãos. O saúde é mais amplo à ausência da doença, tem o aspecto psicológico da doença. São jogadores de alto nível, que precisam voltar a treinar, porque precisam do corpo deles para jogar. Tudo foi feito com enorme segurança e ficamos felizes de poder voltar, com o primeiro jogo do futebol brasileiro, no último dia 18."
"Para deixar bem claro, adequamos todo o cronograma de volta, primeiro de treinos depois de jogos, às liberações dos dois níveis: de Estado e Prefeitura. Conforme decisão do Supremo Tribunal Federal. Levamos, continuamente, os protocolos, adaptando às fases e ficamos felizes de submeter o protocolo a uma série de médicos. O que o prefeito falou é que ele era irretocável. Ele disse que o que estávamos fazendo era muito além do necessário. O que estamos fazendo é um enorme exemplo que estamos dando a outros segmentos da sociedade, aqueles que puderem fazer, como uma medida a ser adotada na volta das atividades. Nosso primeiro jogo foi sem problemas, tivemos dois jogos no Carioca. O fato de ter dado um bom período para treinamento foi bom, pois não tivemos lesões, a exemplo do que aconteceu na Europa. Tivemos dois jogos sem lesões. Nem isso aconteceu pois conseguimos fazer um protocolo bom, de treinamento, antes das partidas iniciadas no dia 18."
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