terça-feira, 28 de abril de 2020

Vice geral do Flamengo atualiza sobre indenizações do incêndio e diz que clube mantém postura




Vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee foi entrevistado nesta segunda-feira pela FlaTV. Um dos principais assuntos foi a situação das indenizações das famílias das vítimas do incêndio no Ninho do Urubu, há um ano e dois meses. Ele foi perguntado sobre as negociações e se o clube dá assistência neste momento de pandemia do coronavírus.


O dirigente disse que Mauricio Gomes de Mattos, vice de Embaixadas e Consulados do Flamengo, era quem estava mais próximo das famílias, mas que neste período tudo ficou parado. Mauricio teve Covid-19 e ficou um período internado em Brasília até se recuperar.

- Algumas famílias estão próximas (de um acordo). Outras, muito distantes. Acho que fizemos uma proposta adequada, com valor superior ao que se dá na justiça por aí, como no caso de Brumadinho, Chapecoense... Para fazer acordo depende de duas partes. Fizemos com três famílias e meia. A mãe do Rykelmo foi a única que judicializou. Pediu R$ 7 milhões - disse Dunshee.

Rodrigo Dunshee contou que recentemente encontrou com um dos pais que teve o filho morto na tragédia. Ele disse que está com a consciência tranquila e repetiu o que a diretoria tem dito: não pretende aumentar o valor que foi dado para as famílias que já entraram em acordo.

- Outro dia estive na Alerj com o Edson, pai do Pablo. Conversamos. Ele tinha perguntado como nós, eu e o Landim, dormíamos, se tínhamos filhos... Eu sou advogado do Flamengo. Eu chego em casa e durmo, porque não tive culpa. A questão financeira é diferente da questão afetiva. Queremos resolver. Entendemos que o valor que demos para as três famílias e meia não pode ser superior. Não seria justo. Podemos dar a correção. O Flamengo sabe da responsabilidade que tem - contou.

Durante a entrevista, Dunshee relatou como foi o processo até o Flamengo conseguir a documentação definitiva para o funcionamento do Ninho do Urubu depois do incêndio. Assim como o vice de futebol Marcos Braz já havia feito, o dirigente criticou as declarações recentes do ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello.

- Como gestor, ele recebeu críticas da autoridade policial porque não fez o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que nós fizemos em três meses. Se comprometeu a melhorar, mas, de acordo com o laudo, houve piora. Nunca fizemos comentários sobre isso, não jogamos a culpa em cima dele. Continuamos assim. Achamos que deveria ter defendido sua inocência no processo. Talvez tenha interesses pessoais... jogou uma responsabilidade na nossa gestão que não existe. O peso maior hoje em dia está nas costas dele. Foi oportunista.



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