Com
previsão de investimento bem maior no próximo ano, a base do Flamengo
já pode marcar 2016 como ano histórico no clube. Até entrar em campo, às
19h, contra o Botafogo, pelo torneio sub-20 em Porto Alegre, os números
são impressionantes: em 34 torneios do sub-11 aos juniores são 17
conquistas. Além de sair vitorioso em metade das competições, a garotada
foi vice-campeã seis vezes e chegou em terceiro lugar em seis
oportunidades.
O diretor da base do Flamengo, Carlos Noval,
não tem dúvida em dizer: o trabalho coloca o clube no pódio das divisões
inferiores no cenário nacional.
- É um ano de resultado
excepcional que consolida essa continuidade de um trabalho que começamos
aqui em 2010 - explica Noval. - O Flamengo é muito respeitado no
cenário nacional. Entramos nas competições e conseguimos chegar. Hoje,
posso dizer, somos top 3, estamos entre os três melhores do
país.
Oriundo
do mercado financeiro, Noval é filho de um ex-diretor do clube e
"respira" a Gávea e o futebol desde garoto. Do antigo trabalho na Bolsa
de Valores, trouxe práticas de gestão e organização ao Flamengo. Ele
lembra que a maioria dos títulos vieram com gerações que começaram a ser
montadas no pré-mirim.
- É um trabalho de
formiguinha, com metodologia e conceitos bem definidos. Tanto no tipo de
jogo, no treinamento, no perfil de profissionais que queríamos
para o Flamengo. Hoje, todas as categorias jogam parecido. Queremos
jogadores velozes, muito ofensivos, decisivos no ataque. E a estrutura
também melhorou muito. Quando cheguei era precária, hoje temos todas as
condições de dar essa melhoria
para os atletas. E eles estão usufruindo muito bem disso - diz o diretor
de futebol de base do Flamengo.
Com
a contribuição da consultoria belga Double Pass, o Flamengo vai adaptar
conceitos europeus no modelo de treino e aprimorar a qualificação de
seus profissionais. Além disso, vai disputar até cinco competições
internacionais. Para Noval, fundamental no amadurecimento e crescimento
futebolístico desses jovens atletas.
Hoje, quase
todo o departamento de futebol de base trabalha no Ninho do Urubu. O
futsal, integrado ao departamento de futebol de base, funciona ainda na
Gávea. Ao todo, do sub-8, que é a categoria pré-mirim, até o sub-20, são
380
atletas.
- Temos integração muito boa de toda a base. Hoje, 90% dos
nossos atletas jogam no campo. Mesmo aqueles que jogam futsal. Os treinadores do futsal vêm para o
campo duas a três vezes e são auxiliares das categorias do campo. Todo o trabalho flui muito
bem - garante Noval.
Com quase 20 convocados para seleções de
base - do sub-15 ao sub-20, com Matheus Sávio, Felipe Vizeu e Lucas
Paquetá -, o aproveitamento de jogadores no profissional ainda é baixo.
Hoje, apenas Jorge atua com frequência. O que o Flamengo quer mudar em
2017. Questionado sobre as poucas oportunidades no profissional, Noval
mostra-se compreensivo:
- Eu acho que tudo tem seu tempo. Há
o tempo normal de amadurecimento do
atleta no profissional. Faz parte ele ficar treinando e amadurecendo
junto com os outros profissionais.O processo é esse mesmo e logo eles
vão ter oportunidade.
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