O banco público deve permanecer no futebol e seguir como principal patrocinador do esporte brasileiro. Apesar de ter a maior torcida do país, o Flamengo recebe a segunda maior cota de patrocínio da Caixa – R$ 25 milhões pelo espaço master da camisa, um “X” no peito e também no calção. O Corinthians, que tinha frente e verso entregues à Caixa, adiou a negociação e conseguiu fechar pelos mesmos R$ 30 milhões apenas pela parte da frente. À época, o desfecho da negociação corintiana irritou a diretoria rubro-negra.
- Não falo de valores e questões comerciais, mas pode ter certeza que vamos buscar um retorno compatível com o tamanho do Flamengo, independentemente do patrocinador – disse o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello.
Anuncie aqui: Diego é uma das atrações do Fla para atrair patrocinadores no ano de Libertadores (Foto: Fred Gomes)
Em entrevista ao GloboEsporte .com, no início de outubro, o novo vice-presidente de marketing, Daniel Orlean, também não quis entrar em detalhes, mas disse que “o sentimento é de que 2017 será bem melhor do que 2016 para o mercado todo”.
No meio do ano, o Flamengo aprovou readequação orçamentária com reajuste para baixo de R$ 15 milhões de receitas não realizadas de patrocínio e publicidade. Internamente, o clube espera que o “efeito Libertadores” venha principalmente vinculadas a patrocínios na camisa, que vai ter maior exposição com o torneio continental até novembro.
O departamento de marketing aproveitou permutas e fez patrocínios pontuais com algumas marcas para cobrir estruturas rubro-negras. Recentemente, o clube fechou com a Clipper, MRV, Yes e Ifood. Com exceção da MRV, que vai pagar R$ 16 milhões até 2018 ao Flamengo, todos patrocinadores encerram vínculo com o clube em dezembro.
Bandeira fala em 2017 sem Maracanã: “Se necessário, vamos rodar o Brasil”
Enquanto o governo do estado, a Odebrecht e a Lagardère ajustam os ponteiros pela venda da concessão do Maracanã, o Flamengo discute saídas para encontrar campo para jogar no ano que vem, com Primeira Liga, Campeonato Carioca, Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil pela frente. Irredutível quanto à negociação com os possíveis novos concessionários do Maracanã, o presidente do Flamengo afirma que o clube procura solução e que pode sim repetir o “bye bye, Brasil”, versão 2017.
- Vamos trabalhar numa alternativa, não podemos dizer qual é. O ideal é pensar positivamente e trabalhar com a hipótese de que o Flamengo terá o Maracanã. Se for necessário, vamos rodar o Brasil, sim. Não passa pela cabeça do Flamengo de o clube ser chantageado e se submeter a valores e princípios que não têm a ver com os do clube.
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