segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Flamengo leva 60% da renda no Maracanã e prevê custos menores para reta final


A volta do Flamengo ao Maracanã mais de 10 meses depois se não foi capaz de deixar o time mais próximo ao Palmeiras - após o empate por 2 a 2 com o Corinthians - serviu para o clube bater um recorde no novo estádio. Com quase 60% de faturamento na arrecadação total da bilheteria, o Rubro-Negro guardou nos cofres R$ 1,8 milhão - percentual maior ao que o Flamengo levou na final da Copa do Brasil de 2013 contra o Atlético-PR (que era de 57%, numa renda de quase R$ 10 milhões). No ano passado, por exemplo, estudo da FGV mostrava que o Flamengo ficava com menos de 40% da arrecadação total no estádio.

O saldo no funcionamento do estádio foi considerado positivo pelo Flamengo. Houve confusão e alguns problemas registrados. A expectativa é de que para as próximas três partidas (Botafogo, Coritiba e Santos), com 19 mil carnês já vendidos antecipadamente, o faturamento possa chegar até perto de R$ 2 milhões. O valor de R$ 1,8 milhão de arrecadação está no borderô, que ainda não foi publicado no site da CBF, e havia sido informado anteriormente pelo site Lancenet!. A diretoria Rubro-Negra confirmou os valores à reportagem do GloboEsporte .com. 


 
Torcida faz a festa na volta ao Maracanã: clube arrecadou R$ 1,8 milhão (Foto: André Durão / GloboEsporte.com)
 
O diretor de novos negócios do clube, Marcelo Frazão, que era executivo do Consórcio Maracanã até poucos meses atrás, espera aumentar o percentual de faturamento com misto de economia e prática na operação das partidas.

- Claro que tivemos um jogo atípico, com apelo de final. Mas manter essa média de 60% de faturamento é viável - diz Frazão.

O diretor do Flamengo acredita em melhor funcionamento do estádio nas próximas partidas. Com o tempo de inatividade desde o fim da Paralimpíadas, o clube gastou mais em limpeza, segurança e outros serviços com fornecedores. A economia deve aparecer já no próximo jogo. 

- Sem dúvida tivemos ganho de eficiência e de economia, mas não necessariamente foram bem menores as nossas despesas. No borderô do Consórcio, havia linha de aluguel e de custo operacional. Tinha custo fixo de R$ 311 mil do contrato com a concessionária, que era variável conforme resultado financeiro e de público do jogo. Nesse jogo, esse custo foi de cerca de R$ 410 mil. Se fosse como antigamente esse valor poderia chegar a R$ 600 mil - explicou Frazão.

Em nota, o clube considerou que a reabertura do Maracanã impôs "grandes desafios" na operação da partida pelo Flamengo. Ainda entregue à Rio 2016 até o final do mês, o clube não pagou aluguel ao comitê organizador dos Jogos do Rio nem ao consórcio liderado pela Odebrecht. Está previsto para o ano que vem nova licitação no Maracanã. 

"Na primeira hora de abertura dos portões tivemos várias ocorrências de torcedores com ingressos falsos comprados em cambistas tentando acessar o estádio. Tivemos também alguns casos de erros de leitura nas catracas, que foram resolvidos, dando acesso após consulta com orientadores exclusivos para esse atendimento. Naturalmente, sendo a primeira operação de retorno do Maracanã, temos pontos de aprimoramento para a próxima partida, apesar do saldo positivo.

Ao contrário do padrão histórico da torcida do Flamengo em jogos grandes, quando normalmente antecipa sua chegada ao estádio, e mesmo com a intensa divulgação nos canais oficias no clube e da própria imprensa, neste domingo tivemos apenas 25 mil torcedores do público total de 65.743 dentro do Maracanã faltando uma hora para o início da partida, o que aumenta o número de pessoas nos acessos no horário de pico", diziam trechos do comunicado rubro-negro.

Frazão acrescenta que orientação de público, limpeza de banheiros e outros serviços serão aprimorados para as próximas partidas do Campeonato Brasileiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário