Diante de quase uma dezena de microfones, o diretor-geral do
Flamengo, Fred Luz, leu um pronunciamento, ignorou os nomes dos
jogadores punidos e anunciou, no dia 28 de outubro, o afastamento
indeterminado do quinteto Alan Patrick, Everton, Marcelo Cirino, Pará e
Paulinho por indisciplina. A sugerida punição vigorosa chegou ao fim
sete dias depois sob questionamentos. Afinal, o que está por trás do
perdão repentino? A resposta traz à tona dúvidas sobre a eficácia do
castigo e os motivos que fizeram a diretoria recuar.
As punições começaram a ser definidas em troca de mensagens por Whatsapp, e o vice de planejamento, Flávio Godinho, teve forte influência no resultado final. Antes mesmo do anúncio, ele garantiu que as decisões tomadas competem somente ao departamento de futebol. Mas a postura agressiva contra o “Bonde da Stella” evidenciou as tensões políticas de uma eleição que se aproxima.
Um dos discursos chaves de Eduardo Bandeira de Mello durante a campanha em 2012 era combater a indisciplina reinante na gestão antecessora, comandada por Patricia Amorim, que revezou o Flamengo entre as manchetes esportivas e policiais com Bruno, Adriano e Vagner Love. A festa vespertina do quinteto incomodou, revoltou e gerou subsídios para uma medida dura. Mas vieram os efeitos colaterais.
Embora haja uma cláusula nos contratos dos atletas que gere punições para comportamentos que denigram a imagem do clube, a simples aparição em um evento no momento de folga não configura tal infração e a diretoria recebeu cartas formais de representantes dos atletas que questionavam o afastamento e a multa de 30% no próximo salário. Os jogadores foram avisados sobre a multa, mas até o momento não assinaram documento sobre a sanção. A diretoria baseou-se substancialmente nos relatos da imprensa, sem aprofundar o que de fato ocorreu no evento e a foto divulgada, com algumas garrafas de cerveja, outras de água espalhadas pelas mesas em nada contribuiu para incriminar o grupo.
O técnico Oswaldo de Oliveira, embora, em entrevista coletiva tenha dito que considerou a punição justa, não concordou com o afastamento. Ele e o diretor-executivo Rodrigo Caetano eram favoráveis à multa e desaprovaram o pronunciamento de Fred Luz na Gávea.
A decisão de reintegrá-los foi uma defesa da diretoria do Flamengo e teve como protagonista o presidente Eduardo Bandeira de Mello, escaldado após anúncios de dispensas prematuros e sem consentimento do outro lado da questão, como aconteceu nos casos do meia Renato Abreu, em 2013, e do goleiro Felipe, em 2014. Ambos ocorreram durante a atual gestão.
Ao contrário do divulgado, os jogadores afastados não pediram desculpa. Embora reconheçam o erro na festa fora de hora, eles consideraram a punição desproporcional. O tratado de acordo teve como um dos vértices o meia Alan Patrick, que teve a consultoria de seu empresário, Eduardo Uram.
Ele convenceu os outros quatro jogadores a participarem de um encontro com um líder de torcida organizada em um apartamento na Barra da Tijuca na tarde da última quarta-feira e responsabilizou-se por participar da entrevista coletiva na quinta – a participação transformou-se em um curto pronunciamento.
No primeiro treino depois do perdão, o técnico Oswaldo de Oliveira confirmou que Alan Patrick e Pará serão titulares na partida contra o Goiás, domingo, no Maracanã. Paulinho e Everton ficam no banco e Marcelo Cirino está fora, recuperando-se de uma cirurgia no joelho.
As punições começaram a ser definidas em troca de mensagens por Whatsapp, e o vice de planejamento, Flávio Godinho, teve forte influência no resultado final. Antes mesmo do anúncio, ele garantiu que as decisões tomadas competem somente ao departamento de futebol. Mas a postura agressiva contra o “Bonde da Stella” evidenciou as tensões políticas de uma eleição que se aproxima.
Antes afastados, jogadores do Flamengo ganharam anistia da direção rubro-negra (Foto: André Durão)
Um dos discursos chaves de Eduardo Bandeira de Mello durante a campanha em 2012 era combater a indisciplina reinante na gestão antecessora, comandada por Patricia Amorim, que revezou o Flamengo entre as manchetes esportivas e policiais com Bruno, Adriano e Vagner Love. A festa vespertina do quinteto incomodou, revoltou e gerou subsídios para uma medida dura. Mas vieram os efeitos colaterais.
Embora haja uma cláusula nos contratos dos atletas que gere punições para comportamentos que denigram a imagem do clube, a simples aparição em um evento no momento de folga não configura tal infração e a diretoria recebeu cartas formais de representantes dos atletas que questionavam o afastamento e a multa de 30% no próximo salário. Os jogadores foram avisados sobre a multa, mas até o momento não assinaram documento sobre a sanção. A diretoria baseou-se substancialmente nos relatos da imprensa, sem aprofundar o que de fato ocorreu no evento e a foto divulgada, com algumas garrafas de cerveja, outras de água espalhadas pelas mesas em nada contribuiu para incriminar o grupo.
O técnico Oswaldo de Oliveira, embora, em entrevista coletiva tenha dito que considerou a punição justa, não concordou com o afastamento. Ele e o diretor-executivo Rodrigo Caetano eram favoráveis à multa e desaprovaram o pronunciamento de Fred Luz na Gávea.
O "Bonde da Stella" foi reintegrado e está à disposição de Oswaldo de Oliveira (Foto: Reprodução/Twitter)
A decisão de reintegrá-los foi uma defesa da diretoria do Flamengo e teve como protagonista o presidente Eduardo Bandeira de Mello, escaldado após anúncios de dispensas prematuros e sem consentimento do outro lado da questão, como aconteceu nos casos do meia Renato Abreu, em 2013, e do goleiro Felipe, em 2014. Ambos ocorreram durante a atual gestão.
Ao contrário do divulgado, os jogadores afastados não pediram desculpa. Embora reconheçam o erro na festa fora de hora, eles consideraram a punição desproporcional. O tratado de acordo teve como um dos vértices o meia Alan Patrick, que teve a consultoria de seu empresário, Eduardo Uram.
Ele convenceu os outros quatro jogadores a participarem de um encontro com um líder de torcida organizada em um apartamento na Barra da Tijuca na tarde da última quarta-feira e responsabilizou-se por participar da entrevista coletiva na quinta – a participação transformou-se em um curto pronunciamento.
No primeiro treino depois do perdão, o técnico Oswaldo de Oliveira confirmou que Alan Patrick e Pará serão titulares na partida contra o Goiás, domingo, no Maracanã. Paulinho e Everton ficam no banco e Marcelo Cirino está fora, recuperando-se de uma cirurgia no joelho.
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