O
atacante Paulinho volta a treinar juntamente com o elenco rubro-negro
na próxima segunda-feira, segundo prognóstico passado pelo departamento
médico do Flamengo. Mas o camisa 26 vive ano complicado no Flamengo.
Participou
de apenas 18 dos 45 jogos do time (40%). O número é baixo, porém a conta
é mais inexpressiva quando o assunto é "minutos em campo". Foram apenas
740 de 4.050 (18,2% - sem contar os acréscimos nesse último caso)
possíveis.
Após romper o ligamento cruzado do joelho direito
em 3 de setembro do ano passado, durante vitória por 3 a 0 sobre o
Coritiba, Paulinho ficou sem atuar por seis meses. Voltou no amistoso
que marcou a despedida de Léo Moura, no dia 4 de março, contra o
Nacional-URU (2 a 0). Ao começar a aquecer, os gritos de "Vai, Paulinho"
ecoaram com força no Maracanã. Entrou aos 23 do segundo tempo e teve
atuação discreta, mas empolgou a torcida.
Começou a ensaiar
boa recuperação nos três jogos seguintes de que participou. No primeiro
após o amistoso, anotou um golaço e foi muito bem na virada por 2 a 1
sobre o Volta Redonda. Participou da vitória sobre o Tigres e, nos 2 a 0
sobre o Brasil-RS, abriu a contagem. Parecia que Paulinho "iria". Dava
pinta de que engrenaria de vez. Apenas parecia.
O
declínio começou em jogo com o Vasco (2x1), no dia 22 de março. Entrou
aos 20 do segundo tempo e acabou expulso 16 minutos depois em confusão
na qual Anderson Pico, e os vascaínos Guiñazu e Bernardo também foram
mandados para o chuveiro mais cedo. A partir daí, a coxa direita de
Paulinho passou a gritar. O problema o tirou dos quatro jogos seguintes.
Voltou a campo contra o próprio Cruz-Maltino, em 12 de abril, a essa
altura já na semifinal, mas pouco fez em 34 minutos do empate por 0 a 0.
Na partida derradeira entre os rivais, ficou fora por lesão.
Se
a falta de sequência o fizera perder o status de xodó, más atuações
contra Náutico (1x1), Figueirense (1x2) e Corinthians (0x3), entre os
meses de maio e julho, o tornaram alvo da torcida, que o vaiou e xingou
durante os referidos jogos, sobretudo contra o Figueira. Em desembarque
após vitória contra o Inter, decidida pelo estreante Paolo Guerrero, foi
ofendido por torcedores.
Paulinho precisa voltar a jogar - e
bem - para retomar o carinho dos rubro-negros. Em 2013, ano em que mais
se destacou pelo Flamengo, atuou em 45 dos 69 jogos do time. Mas é bom
frisar: de sua estreia, contra o Campinense (no dia 15 de maio) até a
última partida da temporada, o Fla jogou 50 vezes (90% de utilização a
partir do primeiro jogo). Em 2014, participou de 30 dos 69 confrontos,
mas a séria lesão no joelho direito o tirou dos últimos 24 compromissos
da equipe. Em 2015, o mesmo problema o fez perder 11 jogos, mas o
calcanhar de Aquiles de agora é a coxa direita. Cortes de partidas
durante o Brasileiro contra o Fluminense e Santos, por exemplo, foram
divulgados em cima da hora. Do Fla-Flu foi vetado na concentração e sua
ausência diante do Peixe foi comunicada 52 minutos antes de a bola
rolar.
E agora: vai, Paulinho?
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