Ídolo maior do Flamengo e dono de sete títulos estaduais com a camisa rubro-negra, Zico é contra o fim do Campeonato Carioca, como sugeriu o atacante Fred,
do Fluminense, em desabafo após ser expulso no clássico de domingo. Em
Natal para proferir palestra no 1° Fórum Estadual dos Secretários
Municipais e Gestores do Esporte e do Lazer do Estado do Rio Grande do
Norte, o ex-jogador declarou que os campeonatos regionais precisam ser
remodelados para deixarem de ser deficitários e projeta disputa com mais
clássicos.
- Acho que não devia acabar, não. Fred falou de cabeça quente. Ele sabe até que, para a carreira dele, é importante no você ter no currículo algumas marcas nos campeonatos regionais também - falou Zico.
O eterno camisa 10 da Gávea lembrou que o "formato atual é prejudicial a tudo" e entende que mudanças são necessárias. Ele não acha justo o alto investimento dos clubes grandes para a disputa dos estaduais, nos quais o público não tem comparecido.
- A meu ver, não comporta mais grandes equipes jogarem diversos jogos deficitários. O campeonato regional tem sempre um atrativo, é sempre bom com a possibilidade de clássicos, mas tem que ter menos jogos, menos times. Você pode muito bem fazer uma seletiva no final do ano anterior, e os times classificados, sendo três ou quatro no máximo, se juntem aos grandes para um torneio curto, onde os clássicos possam prevalecer. É inadmissível equipes que investem uma quantidade grande, como o Flamengo que investe R$ 2 milhões na montagem de uma equipe, vá jogar 11 jogos deficitários num campeonato onde tivemos jogos com 800 pessoas, 200 pessoas - lembrou.
Como viveu tempos de Maracanã lotado e auge de toda uma geração do Flamengo, Zico vê diferença para os dias atuais. Apesar disso, espera que os torcedores tenham motivos para ir ao estádio, pelo menos, aos clássicos.
- Hoje existem muitos outros atrativos que fazem com que a pessoa possa ficar dentro de casa, tranquilo, no ar refrigerado, tomando um suco ou uma cerveja, batendo papo com os amigos, fazendo seu churrasco, e não saia de casa. Tem ainda as dificuldades com estacionamento, preocupação com a violência. Há uma série de fatores que inibem muitas vezes o público. Achavam que diminuindo os ingressos o público iria comparecer. Não é por aí. Quando o espetáculo não é bom, pode ser R$ 5, pode ser de graça que o público não vai. Tivemos dois jogos, um Flamengo x Vasco, talvez mais pela rivalidade, e um Fla-Flu agora, que eu até esperava que tivesse mais gente. Foram 40 mil pessoas. Mas só estes dois. Outros clássicos não deram 30 mil pessoas. É muito pouco para o futebol brasileiro. Eu acho uma pena - concluiu.
Antes de participar do fórum, Zico foi recebido pelo governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria. Na oportunidade, apresentou o projeto da Escola Zico 10, que pretende implantar no estado nos próximos meses, em parceria com o poder público.
- Acho que não devia acabar, não. Fred falou de cabeça quente. Ele sabe até que, para a carreira dele, é importante no você ter no currículo algumas marcas nos campeonatos regionais também - falou Zico.
Zico abre fórum em Natal, ao lado do governador Robinson Faria (Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com)
O eterno camisa 10 da Gávea lembrou que o "formato atual é prejudicial a tudo" e entende que mudanças são necessárias. Ele não acha justo o alto investimento dos clubes grandes para a disputa dos estaduais, nos quais o público não tem comparecido.
- A meu ver, não comporta mais grandes equipes jogarem diversos jogos deficitários. O campeonato regional tem sempre um atrativo, é sempre bom com a possibilidade de clássicos, mas tem que ter menos jogos, menos times. Você pode muito bem fazer uma seletiva no final do ano anterior, e os times classificados, sendo três ou quatro no máximo, se juntem aos grandes para um torneio curto, onde os clássicos possam prevalecer. É inadmissível equipes que investem uma quantidade grande, como o Flamengo que investe R$ 2 milhões na montagem de uma equipe, vá jogar 11 jogos deficitários num campeonato onde tivemos jogos com 800 pessoas, 200 pessoas - lembrou.
Como viveu tempos de Maracanã lotado e auge de toda uma geração do Flamengo, Zico vê diferença para os dias atuais. Apesar disso, espera que os torcedores tenham motivos para ir ao estádio, pelo menos, aos clássicos.
- Hoje existem muitos outros atrativos que fazem com que a pessoa possa ficar dentro de casa, tranquilo, no ar refrigerado, tomando um suco ou uma cerveja, batendo papo com os amigos, fazendo seu churrasco, e não saia de casa. Tem ainda as dificuldades com estacionamento, preocupação com a violência. Há uma série de fatores que inibem muitas vezes o público. Achavam que diminuindo os ingressos o público iria comparecer. Não é por aí. Quando o espetáculo não é bom, pode ser R$ 5, pode ser de graça que o público não vai. Tivemos dois jogos, um Flamengo x Vasco, talvez mais pela rivalidade, e um Fla-Flu agora, que eu até esperava que tivesse mais gente. Foram 40 mil pessoas. Mas só estes dois. Outros clássicos não deram 30 mil pessoas. É muito pouco para o futebol brasileiro. Eu acho uma pena - concluiu.
Antes de participar do fórum, Zico foi recebido pelo governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria. Na oportunidade, apresentou o projeto da Escola Zico 10, que pretende implantar no estado nos próximos meses, em parceria com o poder público.
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