quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Luxemburgo elogia Flamengo, mas reclama da marcação de falta no fim do jogo


 Vanderlei Luxemburgo não gostou nada da marcação de falta que resultou no gol do Brasil de Pelotas nos acréscimos, na vitória por 2 a 1 do Flamengo, na noite desta quarta-feira, pela primeira rodada da Copa do Brasil. O tento provocou a necessidade do duelo de volta, no dia 18 de março, no Maracanã (veja abaixo aos melhores momentos). Situação que não impediu o treinador de elogiar a atuação da equipe.

No lance, o lateral-direito Pará, na avaliação do árbitro Vinicius Furlan, cometeu falta perto da área rubro-negra, em Washington. Na cobrança, Nena marcou de cabeça, aos 47 minutos do segundo tempo. Luxemburgo não viu infração no lance e reclamou da marcação.

- Se tivéssemos terminado o jogo 0 a 0, iríamos embora satisfeitos. O gol deles saiu aos 47 e de uma maneira que não foi legal. Uma coisa é colocar o pé na cabeça do cara, outra é o cara abaixar a cabeça até o pé do jogador. Então não foi falta. E ele ficou dando faltas. A jogada mais forte deles era essa, treinamos bastante isso, e uma hora acertaram. Trinta faltas do lado do campo, uma hora acertam. E foi no finalzinho. Foi um equívoco do arbitro, mas meus jogadores estão de parabéns pelo resultado - disse o treinador.

Com o resultado, o Flamengo passa de fase com empate ou vitória na próxima partida. Pode ainda perder por 1 a 0. O Brasil tem de vencer por dois de diferença. Ou por um a partir do 3 a 2. Se o time gaúcho ganhar por 2 a 1, a vaga será decidida nos pênaltis.

A íntegra da entrevista de Luxemburgo:

Atuação da equipe

Os jogadores estão de parabéns pela maneira como nossa equipe jogou, respeitando o Brasil. Vieram aqui para enfrentar um time difícil, muito bem articulado e armado. O ambiente de jogo não teve nada de hostil, violência. A cidade de Pelotas está de parabéns, recebeu muito bem o Flamengo. O importante é o espetáculo dentro do campo de jogo, da torcida. Aqui não tem Grêmio nem Inter, eles são xavantes mesmo. É um negócio bonito até de se ver. Vamos felizes para casa porque conseguimos um resultado e vamos levar a vantagem para o Rio. Mas também poderíamos estar em situação ainda melhor, porque eliminaríamos o segundo jogo.

Frustração

Se tivéssemos empatado aqui, seria bom levar isso para o segundo jogo. O negócio é que fomos até os 47 do segundo tempo praticamente eliminando o segundo jogo. Os caras empataram no fim. Estou feliz, mas frustrado por não ter terminado a primeira fase hoje. O time mereceu o resultado, porque jogou muito bem.

Tendência de mudanças na equipe

O elenco já entendeu essa proposta. Fiz uma série de coisas aqui que o pessoal que não vê o dia a dia às vezes se assusta. Coloquei o Cáceres contra o Madureita porque achei que encontraria bola parada aqui, bola na área, e precisava de jogadores mais altos. Tudo isso nós treinamos constantemente. Criamos diversas situações táticas. Estamos no caminho certo, mas tem muita coisa para melhorar ainda.

Gol sofrido na bola parada

O Brasil não estava errando, nós é que estávamos tirando muito bem, porque sabíamos tudo que deveria ser feito. Mas se você tem 30 faltas do lado do campo, uma hora a bola vai entrar. Muito próxima da área, os caras chegando em cima do Paulo Victor, e acertaram. É uma qualidade deles, e conseguimos neutralizar até onde deu. A falta que o árbitro deu, que não foi, complicou tudo. Atribuo ao árbitro.

Pará

É impressionante essa avalanche, começa e parece que não tem fim. O Pará fez um jogo maravilhoso no Maracanã. A vaia que recebeu em Volta Redonda não foi direcionada a ele. O pessoal queria o Léo Moura em campo., aí começa isso. O Pará vem jogando muito bem. Não é um lateral-esquerdo de grande virtuosidade, mas dá conta do recado. E na lateral direita é tranquilo, está jogando bem. Começa uma avalanche, e parece que ele está jogando mal. Não estou entendendo nada. O Léo Moura precisava de uma definição, e teve a definição. Era importante ter a experiência dele hoje, vou usá-lo no jogo contra o Botafogo e depois deixa o Léo seguir a vida dele. O Pará fica aqui com o Thallyson e o Anderson Pico. Tem o Luiz Antonio e o Frauches para a lateral direita. Está tudo dentro de uma coisa muito bem planejada. Estou satisfeito.

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