O grupo SóFla, que apoia a diretoria e teve a maior parcela de excluídos no corte que gerou a convocação de pleito para o corpo transitório, foi o mentor da medida e passou, a partir da votação em dezembro, a incentivar sócios-proprietários que entraram recentemente a fazerem de imediato o pedido de inclusão no corpo permanente.
Os argumentos do grupo são baseados no artigo 86 do estatuto, que diz:
- O sócio-proprietário que desejar integrar o Corpo Permanente do Conselho Deliberativo deverá manifestar, por escrito, esse propósito, nos três últimos meses do ano em que houver eleição para este Conselho.
No entendimento do SóFla, qualquer eleição no conselho faz valer esse direito. Para o presidente do Conselho Deliberativo, Delair Dumbrosck, somente as eleições gerais, que ocorrerão no fim de 2015. Dessa forma, foi pedido um parecer à comissão jurídica do Deliberativo, que deu razão a Dumbrosck. O desfecho, agora, dependerá do plenário, que apreciará o parecer no dia 22.
Entre as colocações feitas pelo SóFla em comunicado pouco depois da eleição do corpo transitório, o grupo ressalta não ter pedido a convocação do pleito que, na sua tese, dá base para a entrada de novos conselheiros.
Se aprovada em plenário, a
entrada dos 240 novos membros permanentes concretizará um "tiro no pé"
de Dumbrosck, antes aliado, e agora opositor declarado da diretoria e do
SóFla.
Apesar de previsto estatutariamente, o pleito para reposição de corpo transitório é bastante incomum, não sendo frequente a prática de se cobrar a assiduidade prevista em estatuto para os conselheiros.
Nos bastidores, a convocação foi entendida como um
ataque ao SóFla, já que a maior parte dos conselheiros excluídos por
não comparecerem a sessões era do grupo. A resposta do SóFla foi
justamente o pedido formal de adesão de novos conselheiros.
Dessa
forma, além da medida de Dumbrosck ter se comprovado inócua nas urnas,
já que com a vitória a Chapa Azul repôs praticamente todos os membros
que havia perdido, a votação em plenário poderá provocar uma mudança
grande no cenário atual, já que uma reunião usual do Deliberativo reúne
algo em torno de 300 membros. Vale lembrar que recentemente a diretoria
teve dificuldades em aprovar propostas, como a cota extra para quitação
de dívidas com Cedae e de IPTU.
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