A conturbada situação do Flamengo começou a provocar mudanças e
demonstrar como
está a escala de poder. O vice-presidente de futebol, Wallim
Vasconcelos, renunciou ao cargo após a derrota por 3 a 0 para o
Cruzeiro, neste domingo, em Uberlândia - já são seis jogos sem vencer no
Brasileirão. O dirigente estava no comando desde o início de 2013,
quando a gestão de Eduardo Bandeira de Mello, que está de licença,
assumiu. E o clube havia acabado de contratar um novo profissional:
Felipe Ximenes, que iniciou seu trabalho na sexta-feira passada, em
substituição a Paulo Pelaipe.
A saída de Wallim já poderia ter
acontecido junto com as demissões
de Paulo Pelaipe e Jayme de Almeida. No entanto, ele se manteve firme no
posto para marcar sua posição politicamente. Mas, em meio à
demonstração de fraqueza do elenco, acabou abrindo mão de sua função. Em
entrevista à Rádio Tupi, o ex-dirigente garante que a escolha está
ligada à sua carreira e avisou que segue confiando no trabalho
desenvolvido pela atual administração.
- Minha família jamais
fez pressão para sair. Se em algum lugar
tive apoio, foi na minha família. O problema é o tempo que tenho para me
dedicar ao futebol
do Flamengo. Achei que para o bem do Flamengo eu deveria sair. O lema
sempre foi: nada do Flamengo,
tudo pelo Flamengo. Se achei que não teria o tempo suficiente, prefiro
que
outra pessoa faça com mais eficiência.Os resultados não tiveram peso,
senão eu teria saído junto com o Pelaipe e Jayme, porque já estavam
muito ruins. Tenho certeza de que nessa parada, com o elenco renovado,
vão conseguir uma reviravolta e levar o Flamengo para cima de novo. Não
foi influência do momento, porque estivemos piores com Jorginho, com o
episódio da saída do Mano... Os resultados estão longe do que
gostaríamos, mas sabemos das causas e prometemos à torcida que teremos
11 jogadores portando a camisa vermelha e preta com empenho e no caminho
das vitórias.
Wallim descartou a possibilidade do ex-presidente Kleber Leite ou o ex-vice de futebol Plínio Serpa Pinto assumir o seu posto.
- Chance zero. Quem
vai assumir será de total confiança do Bandeira (presidente). Quero conquistar
Cristiano Ronaldo e Messi e pagar 2 milhões. Ninguém trabalha sozinho.
Tostes, Bap... todas as entradas e mudanças foram discutidas
internamente. Quando vier, vai ter que se encaixar no perfil do
nosso grupo.
O ex-vice de futebol procurou se defender das críticas por não ser um homem do meio do futebol.
- Para quem nunca militou no
futebol, é uma atividade diferente do que estou acostumado. Quem está de fora
não entende as decisões que estão sendo tomadas. Parece que somos incompetentes e não
sabemos administrar. Mas são situações que não virão à tona e atrapalham a gestão e o
desempenho. E que você, para consertar, demora um tempo, não faz de uma hora
para outra. Não me arrependo de nada, e o importante é fazer. É melhor errar
fazendo do que não fazendo.
Novo diretor de futebol, Felipe Ximenes terá plenos
poderes no departamento para realizar uma ampla reformulação
durante o recesso para a Copa do Mundo junto com o técnico Ney Franco, que chegou há menos de um mês. A
previsão é de contratações de impacto e algumas dispensas no período até meados de julho.
Com
os últimos acontecimentos, o vice-presidente de marketing, Luiz Eduardo
Baptista, ganha cada vez mais poder internamente. Bap é considerado o
homem forte da gestão do Fla e tem estado mais próximo do departamento
de futebol, agindo nas demissões de Pelaipe e Jayme.
O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, está em viagem fora do país para resolver problemas particulares e com volta prevista para sexta. O vice geral Walter D'Agostino responde interinamente na função. A saída de Wallim pode, inclusive, levá-lo a também renunciar ao seu posto, já que se tratava também de um dos cabeças da atual administração.
Na eleição realizada em 2012, Wallim seria o candidato a presidente, mas não preenchia as exigências do estatuto para concorrer ao cargo. Com isso, Bandeira foi o escolhido para a função, e o agora ex-dirigente passou a ser o vice de futebol. Com Wallim no comando do departamento, o time conquistou a Copa do Brasil do ano passado e o Carioca deste ano. Em contrapartida, foi eliminado na primeira fase da Libertadores. No total, foram cinco técnicos.
O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, está em viagem fora do país para resolver problemas particulares e com volta prevista para sexta. O vice geral Walter D'Agostino responde interinamente na função. A saída de Wallim pode, inclusive, levá-lo a também renunciar ao seu posto, já que se tratava também de um dos cabeças da atual administração.
Na eleição realizada em 2012, Wallim seria o candidato a presidente, mas não preenchia as exigências do estatuto para concorrer ao cargo. Com isso, Bandeira foi o escolhido para a função, e o agora ex-dirigente passou a ser o vice de futebol. Com Wallim no comando do departamento, o time conquistou a Copa do Brasil do ano passado e o Carioca deste ano. Em contrapartida, foi eliminado na primeira fase da Libertadores. No total, foram cinco técnicos.
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