Foi o sétimo jogo com o Bahia consecutivo, e o sétimo sem vitória. Ney Franco sabe mais do que ninguém das qualidades do adversário que o Flamengo empatou nesta quarta-feira, por 1 a 1,
no Moacyrzão, em Macaé, pela sexta rodada do Brasileirão. Talvez por
isso, tenha admitido que o Rubro-Negro não mereceu vencer. Apesar de
questionar a falta de Samir em Henrique, que resultou no gol de Talisca,
o treinador admitiu o fraco rendimento de sua equipe e cobrou melhoras.
Há uma semana no comando do Flamengo, Ney Franco acumula uma derrota e um empate. Nas duas exibições, viu o time deixar o gramado ao som de gritos de "time sem vergonha" e fez da autocrítica o primeiro passo para uma evolução.
- O resultado é muito ruim, mas foi reflexo do jogo. Independentemente das questões do adversário estar desfalcado, houve um equilíbrio o tempo todo. Em momento nenhum fomos superiores. Fizemos um gol no primeiro tempo, tivemos duas oportunidades. A primeira coisa para recomeçarmos esse trabalho é aceitar isso. Não vou ficar arrumando desculpas para o resultado. Em alguns momentos, o Bahia esteve melhor que a gente em campo. Esta é a leitura do jogo. Como treinador e os jogadores também sabem que a equipe tem que jogar mais do que está jogando. Temos que assumir isso e não transferir as responsabilidades. Lógico que a origem do gol dos caras não foi falta, mas acho que o jogo tem coisas a mais do que isso que temos que corrigir.
Há uma semana no comando do Flamengo, Ney Franco acumula uma derrota e um empate. Nas duas exibições, viu o time deixar o gramado ao som de gritos de "time sem vergonha" e fez da autocrítica o primeiro passo para uma evolução.
- O resultado é muito ruim, mas foi reflexo do jogo. Independentemente das questões do adversário estar desfalcado, houve um equilíbrio o tempo todo. Em momento nenhum fomos superiores. Fizemos um gol no primeiro tempo, tivemos duas oportunidades. A primeira coisa para recomeçarmos esse trabalho é aceitar isso. Não vou ficar arrumando desculpas para o resultado. Em alguns momentos, o Bahia esteve melhor que a gente em campo. Esta é a leitura do jogo. Como treinador e os jogadores também sabem que a equipe tem que jogar mais do que está jogando. Temos que assumir isso e não transferir as responsabilidades. Lógico que a origem do gol dos caras não foi falta, mas acho que o jogo tem coisas a mais do que isso que temos que corrigir.
Ney Franco durante o empate em Macaé: treinador reclamou de lance da falta (Foto: Fabio Castro / Ag. Estado)
Com cinco pontos em seis partidas no Brasileirão, o Flamengo pode terminar a rodada na zona de rebaixamento. Nesta quinta-feira, o elenco retorna para o Rio de Janeiro, onde inicia os trabalhos visando o jogo com o Santos, domingo, no Morumbi. Até a parada para Copa, há ainda compromissos com o Figueirense e o Cruzeiro. Nos próximos dez dias, o Rubro-Negro mais do que nunca tem que aprender a vencer, e a realidade já foi mostrada pelas arquibancadas: é de pressão.
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Ney Franco:
Erros de arbitragem
-
Eu, sinceramente, se tivéssemos vencido o jogo ficaria mais confortável
para falar da arbitragem. Não conheço esse árbitro, é a primeira vez
que vejo apitar. O pênalti (em Alecsandro) eu não posso falar muito, mas
o gol deles foi de uma falta que não existiu. Não quero transferir
minha responsabilidade. A responsabilidade maior do elenco é recuperar
os jogadores. Felizmente, tem uma parada para Copa do Mundo, onde
teremos possibilidade de treinamentos fortes para ajuste e para que
possamos disputar o Brasileiro em um nível melhor.
Mudanças táticas
-
Na realidade, é meu segundo jogo. No primeiro, nós treinamos três dias e
definimos uma equipe. Perdemos. Agora, tive a oportunidade de dar uma
rodada, ver outros jogadores. A medida que temos treinamentos e jogos,
vou conhecendo melhor o treino. Contra o Santos, já conseguimos definir
umas situações de posicionamento e de quem começa jogando. A avaliação
para este jogo não foi tão brusca. Optamos por dois volantes mais de
marcação, mas ainda assim o adversário em alguns momentos conseguiu
trabalhar a bola no setor de meio-campo. O adversário teve mais posse de
bola e trabalhou melhor que a gente.
Falhas do Flamengo
-
Não tivemos um jogo consistente o tempo todo, principalmente no
primeiro tempo. Em alguns momentos, o Bahia envolveu nossa equipe. No
segundo tempo, fomos melhores do que no primeiro e neutralizamos uma
jogada forte deles, que é a movimentação do Talisca. O campo aqui é
difícil para o treinador trabalhar, é difícil de passar informação para
os atletas. Fomos mais consistentes no segundo tempo, criamos duas
oportunidades claras e fomos penalizados no fim com uma falta que não
existiu e a qualidade na cobrança. Tivemos infantilidade na barreira,
porque um jogador empurrou. Esses erros que temos que ajustar.
Fla merecia a vitória?
-
Acho que o resultado foi justo, embora a origem do gol tenha sido uma
falta que não existiu. Foi equilibrado o tempo todo. Em cima disso,
temos que trabalhar os erros e definir os acertos.
Três jogos até a Copa
-
Temos o jogo com o Figueirense que é nosso mando, embora seja no
Morumbi. São três jogos fora de casa, e o campeonato não tem facilidade.
É um jogo difícil atrás do outro. Temos um tempo para nos recuperar até
o jogo com o Santos e recuperar contra Santos e Cruzeiro os pontos que
deixamos em casa.
Recuperação só depois da Copa?
-
Acho que nossa equipe já jogou melhor em relação ao primeiro jogo.
Avalio que temos condição de sermos melhores contra o Santos, dar um
passo a frente no desempenho. A parada para Copa vai ser uma
oportunidade de trabalharmos forte, trabalhar posicionamento, linha de
marcação, movimentação ofensiva. Nossa equipe tem tido muita dificuldade
para sair de trás para o ataque. Essa passagem ainda está com uma certa
dificuldade e vamos utilizar a parada para trabalhar tudo isso.
Jejum contra o Bahia
-
Incomoda e faz parte. É impressionante que no último jogo com o Vitória
estávamos ganhando e sofremos o gol aos 46 do segundo tempo. Agora,
repetiu a história em um jogo que estávamos doido para terminar e
computar os três pontos. É uma escrita que está acontecendo, mas não
posso desistir do meu trabalho.
Solução para o Flamengo
-
Tem solução. Estamos em um clube com camisa e estrutura para
desenvolver um trabalho. O Brasileirão tem uma característica de times
que começam mal e se acertam, fazendo uma boa campanha. Lógico que
estamos muito abaixo do que todos esperavam, eu, torcedores, jogadores e
diretoria, mas temos que trabalhar para colocar o Flamengo em uma
condição melhor.
Pressão da torcida
-
Temos que conviver com isso. Em um clube grande, é dessa forma que
funciona. Quando se tem seis rodadas e a equipe está lá na parte de
baixo, a cobrança é natural. Cabe ao time buscar o caminho das vitórias.
São coisas que acontecem no dia a dia. Temos que ajustar as peças para
entrar no caminho de vitórias, que é nosso grande desafio.
Reforços
-
O Brasileiro tem duas partes. Esse ano ainda tem outra por conta da
parada para Copa. Qualquer clube brasileiro, mesmo os que estão na
ponta, tem que ficar sempre atento ao mercado. No nosso time tem espaço
para chegada de outros jogadores e logicamente estamos conversando com a
diretoria por possíveis nomes para integrarem o grupo.
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