A camisa comemorativa aos 8 mil pontos do ala Marcelinho estava
pronta para ser entregue ao camisa 4 após uma esperada vitória diante do Bauru,
no sábado, na primeira partida das quartas de final do NBB. Como ela não veio e
o capitão rubro-negro ficou devendo apenas uma cesta para alcançar a marca, a
diretoria do Flamengo foi obrigada a mudar seus planos. A dois pontos do
recorde, era praticamente impossível que o principal jogador do atual campeão
não entrasse para a história do clube da Gávea nesta segunda-feira. Só que
Marcelinho fez muito mais do que o necessário. Depois de passar em branco no
primeiro período, o capitão rubro-negro foi o cestinha do duelo, anotou 31 pontos, 21 só em bolas de três,
sua especialidade, e comandou a vitória do Flamengo sobre o time paulista por 86
a 69 (49 a 32), no Ginásio do Tijuca, que contou com as ilustres presenças do
jogador Alecsandro e das campeãs da Superliga Fofão, Régis e Juciely.
- Conquistar uma marca como essa com a camisa do
Flamengo me deixa muito feliz e orgulhoso. Mas, eu sempre digo que o
mais importante é que ela veio coroada de grandes vitórias e conquistas
importantes - disse Marcelinho, que recebeu o abraço do goleador
Alecsandro após a partida.
Com
o resultado, o Flamengo se recuperou do revés e deixou a série melhor
de cinco partidas empatada em 1 a 1. Do lado de Bauru, Murilo foi o
cestinha com 14 pontos. As
duas equipes só voltam a se enfrentar no próximo sábado, às 16h, no
Ginásio
Panela de Pressão, no interior paulista.
Ao final do duelo desta segunda-feira, Alecsandro, que se arriscou nos
lances livres no intervalo do jogo, disse que torce muito por
Marcelinho.
Marcelinho recebe a camisa comemorativa pelos oito mil pontos pelo Flamengo (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
- Ele merece pois é um grande jogador, um craque e
desejo que ele consiga chegar aos nove, dez mil pontos. Com a qualidade que
ele tem, certamente vai alcançar muito mais com a camisa do Flamengo - frisou Alecsandro.
O jogo
Marcelinho só precisava de dois pontos para alcançar a
histórica marca de 8 mil com a camisa do Flamengo. Se na teoria parecia uma
tarefa fácil para o maior pontuador da história do NBB, na prática a missão do
camisa 4 foi dificultada pela marcação pesada do Bauru no primeiro período. Bem
marcado e com a pontaria descalibrada, o capitão rubro-negro errou os três
arremessos que tentou e sair zerado do período.
Menos mal que o argentino Nicolás Laprovittola, com nove
pontos, e o ala Marquinhos, com outros cinco, assumiram a responsabilidade de
comandar o time e foram fundamentais na vitória parcial por 21 a 16. Larry, Ricardo Fischer e Murilo, cada um com
quatro pontos, foram os maiores pontuadores do time paulista no período.
Ala teve atuação de destaque na vitória rubro-negra (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
Se Marcelinho passou em branco nos primeiros dez minutos, no
segundo o ala simplesmente não errou. Mesmo muito bem marcado, ora por Fernando
Fischer ora por Gui Deodato, o camisa quatro anotou três bolas de três, duas de
dois e dois lances livres, somando 15 pontos e com um aproveitamento de 100%.
No embalo de seu capitão, o Flamengo cresceu no jogo e não
deu qualquer chance para Bauru no quarto. Apesar da boa atuação de Ayarza, que
entrou bem no jogo e anotou nove pontos, os donos da casa sobraram, venceram
por 28 a 16 e foram para o vestiário com uma enorme vantagem de 17 pontos (49 a
32).
O terceiro quarto até começou equilibrado. Sem a
mesma intensidade
do que o período anterior e com os ânimos controlados, as duas defesas
levavam
vantagem sobre os ataques. A exceção continuava sendo Marcelinho. Com
mais três
bolas de três em cinco tentadas, um arremesso de dois certo e dois
lances
livres convertidos, o camisa 4 anotou 13 no período, chegou aos 28 no
jogo e
levou a diferença para 21 pontos (65 a 44) a pouco menos de dois minutos
do fim do quarto. Na reta final do período, o prejuízo de 18 pontos
acabou sendo um bom negócio para
o time paulista.
Com a vitória encaminhada, o técnico José Neto aproveitou
para dar um descanso para Marcelinho no começo do último período. Mesmo com seu
principal jogador no banco, o time rubro-negro manteve a diferença lá em cima.
O ala voltou para a quadra e anotou outra bola de três antes de sair e ser
ovacionado pela torcida rubro-negra e o time empatar a série em 1 a 1.
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