Argumentos na mesa à espera de uma solução "prática e
equilibrada". Desta maneira, o Flamengo deseja disponibilizar, ainda nesta
terça-feira, mais seis mil ingressos para seus torcedores para o confronto com
o León, quarta, às 19h45m (de Brasília), no Maracanã, pela última rodada da
fase de grupos da Libertadores. Com toda carga de 52.474 destinada aos
rubro-negros próxima do fim, o clube fez uma proposta ao consórcio que gere o
estádio para fazer uso do restante não utilizado pelo adversário, e aguarda o aval
dos responsáveis pela segurança. Vice-presidente de marketing do clube carioca,
Luiz Eduardo Baptista, o Bap, falou ao GloboEsporte.com sobre a solicitação e
não vê motivos para recusa, diante do remanejamento dos 80 mexicanos que vieram
ao Rio de Janeiro para camarotes.
A carga total dos ingressos para a partida com o León é de
58.689 bilhetes, apesar de o novo Maracanã ter capacidade superior a 70 mil
lugares. O pedido do Flamengo tem como base experiência anteriores, como nas
partidas diante de Emelec e Bolívar, pela própria Libertadores, e toda Copa do
Brasil do ano passado. Com exceção da final contra o Atlético-PR, os visitantes
nunca encheram a parte destinada a eles - 10% da carga total. Na opinião de
Bap, o sucesso da operação desejada pode servir de exemplo para o futuro.
- É um tipo de experiência que pode ser o início de uma
solução para casos como esses. Devemos buscar soluções práticas e equilibradas.
Pode ser uma decisão importante caso o Flamengo avance na Libertadores. É uma
situação que vai se repetir. Cuidar e zelar pela segurança é importante e
legítimo. Não temos nada a considerar sobre isso, mas há outros fatos que temos
que chamar a atenção. Desde que voltamos a jogar no Maracanã, não tivemos
nenhum registro de torcedor adversário ferido. São 80 mexicanos e não haveria
lugar mais protegido para eles curtirem este espetáculo fantástico do que no
camarote. Se conseguirmos, preservaríamos a segurança e daríamos uma prova de
hospitalidade. É um reconhecimento a quem gostaria de estar presente, mas não
tem ingresso. É uma proposta boa para todo mundo. Tomara que cheguem a um
consenso. É um esforço para equilibrar espetáculo, receita e segurança.
O vice de marketing rubro-negro deixa claro que a proposta
se deu por conta do baixo número de mexicanos no Rio de Janeiro. O próprio
Flamengo, por exemplo, viveu situação semelhante há uma semana em Guayaquil,
quando levou apenas 29 torcedores para o Equador e ficou com espaço bem menor
dos que o 2.300 lugares que teria direito.
- É um conceito matemático. Se tivessem mil mexicanos, era
mais delicado. Como dar um tratamento diferenciado? O desafio seria maior. No
caso atual, seria uma saída bacana. Se tinham 29 rubro-negros no Equador, não
faria sentido mesmo reservar um espaço de dois mil. O importante é garantir a
integridade. Assim, não há lugar mais seguro do que os camarotes. Os mexicanos
vão ganhar uma melhoria.
Uma reunião na tarde desta terça-feira definirá se uma nova
carga será disponibilizada para os rubro-negros. Bap, por sua vez, aguarda pelo
aval até momentos antes do pontapé inicial, se necessário.
- A procura é grande. Até a hora do jogo, está valendo, mas
quanto antes, melhor. Fica nosso apelo e sugestão.
Na terceira posição do Grupo 7, com sete pontos
conquistados, o Rubro-Negro precisa apenas despachar o León, em casa, para
avançar às oitavas de final da Libertadores.
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