Um fato incomum antecedeu a coletiva do técnico Jayme de Almeida. O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, surgiu na sala de imprensa e tomou a palavra para um rápido pronunciamento. O motivo foi a pressão que os jogadores do vasco fizeram sobre o árbitro Rodrigo Nunes de Sá durante e após o empate em 1 a 1 , neste domingo, no Maracanã, na primeira final do Carioca. Segundo o dirigente, a ação foi "descabida" e argumentou que o real prejudicado foi o Rubro-Negro.
- Geralmente, o presidente não vem aqui na sala de entrevistas, mas é
por conta de arbitragem. Não entendo em momento nenhum a pressão do vasco. Ficou claro que no gol do Vasco teve falta no nosso
goleiro. Vi o replay, tenho certeza absoluta. Teve um pênalti em que
tiraram a camisa do zagueiro Samir com a bola em jogo. O jogador deles
que foi expulso devia ter saído muito antes. Recebeu o amarelo por
simulação. Depois, puxou o Gabriel pela camisa e devia ter recebido o
vermelho. Depois, colocou a mão na bola. E na terceira fez outra falta e
recebeu. Me estranhou também a partida ser apitada pelo zagueiro do vasco (refere-se a Rodrigo), e não pela arbitragem. Espero que na próxima semana seja apitada
por um árbitro. Não dá para entender a pressão descabida do vasco quando
o Flamengo foi claramente prejudicado.
A
vantagem do empate permanece na Gávea por ter vencido a Taça Guanabara.
Em caso de derrota por qualquer diferença, o título estadual, domingo
que vem, no mesmo palco, vai para o vasco. Antes, porém, há um
compromisso decisivo pela última rodada da fase de grupos da
Libertadores frente ao León, do México, na quarta-feira. O arquirrival
terá a semana livre.
Para se ter uma ideia de como a partida desta tarde foi pegada e difícil
de se trabalhar, foram 61 faltas marcadas e menos de 40 minutos de bola
rolando. A finalíssima será apitada por Marcelo de Lima Henrique, de 43
anos e com diversas finais de estadual recentes na carreira.
Após tanta reclamação, Rodrigo Nunes de Sá lidera seus colegas sob escolta policial (Foto: André Durão)
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