A torcida do Flamengo deixou a Vila Capanema feliz, na noite de
quarta-feira. O resultado do jogo contra o Atlético-PR, apesar de ter
sido um empate, foi bom. E bom para os dois, acredito. Com a certeza de
que o jogo no Maracanã será melhor para o Flamengo, fomos andando pela
Rua Engenheiro Rebouças tranquilamente. A PM ia lá atrás.
Mas o
clima de festa acabou minutos depois, quando os primeiros flamenguistas
passaram da esquina com a Rua Conselheiro Laurindo. Um grupo de uns 20
torcedores - talvez mais - do Atlético-PR, com paus e pedras, correram
na nossa direção. Uma agressão inesperada. Sem a PM por perto, o
confronto foi inevitável. Eles agrediram um torcedor do Flamengo, de uns
60 anos, que não conseguiu correr. Quem estava por perto saiu em
defesa. Por instantes, aquela esquina curitibana virou um ringue do
antigo MMA. Valia tudo. Com revide dos flamenguistas e a aproximação da
PM, eles fugiram.
Um atleticano surgiu, na paz, avisando que havia
um grupo esperando pela torcida do Flamengo dois quarteirões à frente. A
PM do Paraná armou uma escolta decente e foi nos guiando. Na contramão,
vinham uns torcedores rivais, não eram de torcida organizada. Eram
apenas os chamados torcedores comuns, que deixavam a Vila Capanema. Mas,
acredite, muitos deles hostilizaram a gente. Vi cenas de um bairrismo
bobo (até por parte de PMs), coisa anacrônica, na minha opinião. Um
deles cuspiu na nossa direção e soltou um xingamento. Outro disse que
"carioca tem mais é que se f...".
Metros à frente, um grupo de
atleticanos jogou pedras e garrafas na nossa direção. A PM entrou em
ação, disparando tiros de borracha e bombas de efeito moral. Surtiu efeito e eles correram de novo. Trinta
minutos depois, chegamos ao hotel em segurança. Foi quando, enfim,
pudemos voltar a pensar apenas no jogo da volta.
Daniel Brunet foi à Vila Capanema, na quarta-feira, assistir à partida contra o Atlético-PR
Daniel Brunet foi à Vila Capanema, na quarta-feira, assistir à partida contra o Atlético-PR
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