O auge de Hernane e a queda de rendimento de Marcelo Moreno,
que tornou-se reserva com Jayme de Almeida, indicam para o retorno do
atacante ao Grêmio em 2014, mas o Flamengo se esquiva de pronunciar
sobre o futuro do jogador antes da decisão da Copa do Brasil.
- Só
vamos falar depois do dia 27, quando tiver uma definição da Copa do
Brasil. Já começamos a ter uma ideia, mas depende de Jayme e do nosso
planejamento para o ano que vem - explicou Paulo Pelaipe, diretor de
futebol.
Com
contrato vigente até 31 de dezembro, Marcelo Moreno teria de ter 55%
dos direitos econômicos adquiridos pelo Rubro-Negro para permanecer. O
percentual é a parte que cabe ao Tricolor gaúcho e que custou
aproximadamente 4,5 milhões de euros (R$ 14 milhões). Ainda há uma
pendência dos gaúchos com o Shakhtar Donetsk (UCR), dono de 30%. Na
época, os gremistas compraram 70%, mas repassaram 15% ao Palmeiras
quando contrataram o atacante Barcos.
Como há três donos dos
direitos econômicos, em caso de compra, o Flamengo também teria de se
entender com dirigentes paulistas e do clube ucraniano, apesar de o
Grêmio ter estipulado um valor para os 55%, que não foi revelado.
A
ideia do clube era ficar em definitivo com Moreno a partir da dívida
que os gaúchos têm com o Rubro-Negro relativa ao caso Rodrigo Mendes. A
pendência está na Justiça e até o fim deste ano deverá chegar a R$ 10
milhões.
Com cinco gols apenas em 21 partidas, o atacante não empolgou e na visão de alguns dirigentes não valeria tal investimento.
Se
o jogador está em baixa no Flamengo, no Grêmio Moreno ainda goza de
prestígio. Existe uma corrente dentro do clube que faz coro pela volta
do jogador. Alegam que Barcos não rendeu o esperado e lembram da boa
temporada que o atacante fez em 2012, quando foi o artilheiro do time
com 22 gols.
Afastamento partiu de Luxemburgo
O pedido de
afastamento de Marcelo Moreno do Grêmio partiu de Vanderlei Luxemburgo
e, apesar do alto investimento feito pelo clube, a diretoria gaúcha
acatou. Pessoas ligadas ao boliviano atestam que não houve problemas
disciplinares durante a passagem do jogador em Porto Alegre.
A
decisão do treinador teria sido tomada depois de uma declaração do
atacante sobre a chegada de Barcos, fomentando uma disputa entre ambos
no ataque.
Moreno chegou a procurar o Pirata para explicar que não teve a intenção de promover publicamente uma briga por posição.
O
treinador, porém, não aprovou a atitude do jogador e avisou que não
trabalharia com Marcelo Moreno, até mesmo em função das várias opções
para o setor.
As indicações de Welliton e Barcos, contratados para
a sequência da equipe na Libertadores, foram de Luxemburgo, mesmo já
tendo no grupo, à época, Marcelo Moreno, Kléber e o chileno Vargas,
emprestado pelo Napoli (ITA).
Em maio, então, Marcelo Moreno acabou acertando a transferência para o Flamengo.
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