O Flamengo suou, mas conseguiu superar o Bahia na noite desta
quarta-feira, no Maracanã. O time venceu por 2 a 1, com gol da vitória
aos 40 minutos do segundo tempo, e conseguiu abrir distância para a zona
de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Após a partida, o técnico
Jayme de Almeida exaltou a luta de seus jogadores e lembrou as
dificuldades ao longo do jogo. O treinador perdeu o lateral João Paulo
logo no início, machucado. Perto do fim, ainda com o placar empatado, o
volante Elias pediu para sair, muito cansado. No fim das contas, porém, o
resultado foi positivo.
- Sabíamos que o Bahia é um time muito perigoso nos contra-ataques, com
dois pontas rápidos e um centroavante que segura a bola. Trabalhamos em
cima disso, o primeiro tempo foi perigoso, eles quase fizeram o gol, e
nós tivemos problemas de contusão. Ficou complicado para organizar, mas
acho que conseguimos corrigir no intervalo. Botamos o Gabriel pela
esquerda, aliviou um pouco o André Santos e o time equilibrou. O Luiz e o
Amaral ficaram plantados ali atrás e começamos a jogar com calma. O
time trabalhou a bola, fez 1 a 0 em uma jogada linda. Tivemos
dificuldades, mas fomos levando. Na bola na trave (do Hernane), podíamos
matar o jogo. Depois dos 30, demos uma caída, entrou o Souza, que é
muito forte, e o Bahia empatou. O Elias falou que não dava mais,
coloquei o Val que toca bem a bola e confiamos. Em uma jogada difícil,
com o Léo cansado, fizemos 2 a 1. Temos que dar parabéns aos atletas
pelo empenho. Foi um dia difícil pelas contusões, mas ninguém desanimou e
saímos com um resultado que procuramos desde o início do jogo. Dou os
parabéns pela luta, pelo empenho. Chegamos aos 40 pontos, que dão uma
certa tranquilidade. A luta continua.
Confira os tópicos da entrevista com Jayme de Almeida:
Confira os tópicos da entrevista com Jayme de Almeida:
VAIAS
- A torcida reclamar, xingar, faz parte do espetáculo. Agora, os
problemas que tínhamos eles não sabiam. Seguramos ao máximo. Todo mundo
quer um jogador em campo, eu respeito, mas na hora é difícil. Eu ia
botar o Rafinha, mas o Elias disse que não dava mais, que o gás acabou.
Tive que trocar, botar um jogador de meio-campo, o Val, e fizemos o gol.
O torcedor é assim mesmo. Eu aqui sou técnico, tenho que ser frio e
respeito a opinião de todos. Não é momento de xingar jogador, mas de
incentivar. Estamos correspondendo as expectativas e vamos chegar lá.
Estou satisfeito pelo empenho, pela luta.
FELIPE
- Futebol é um esporte coletivo. Mensurar um melhor que o outro não
consigo. Todos foram importantes. O passe do Luiz para o Léo no gol do
Hernane foi magnífico. O Amaral, o Luiz, a zaga se portou bem. Ninguém
salvou ninguém. Todo mundo lutou e ganhou junto.
LADO DIREITO DO ATAQUE
- A qualidade dos nossos laterais para cruzamento, po... Mas
conseguimos proporcionar jogadas pelos lados. O Paulinho está jogando
direto com o Léo, que é um belo jogador. O entrosamento sai natural.
Temos treinado pouco, mas eles já se conhecem. O próprio lançamento do
Felipe para o Paulinho em contra-ataque.
CAMINHO PARA LIBERTADORES
- Minha preocupação continua sendo não entrar em zona de rebaixamento.
Então, vamos passo a passo. Não adianta sonhar com Libertadores e G-4.
Penso simplesmente em chegar a 46 pontos e aí sim relaxar e ver no que
vai dar para frente. Já a Copa do Brasil é mata-mata. Fizemos dois jogos
muito iguais com o Botafogo e a vaga está aberta para as semifinais. É
outro tipo de campeonato. Temos problemas e vamos tentar resolvê-los.
POUCO TEMPO PARA TREINAR
- Trabalhamos muito na conversa. Não em geral, mas com um e com outro,
aqui e ali. Trocamos ideias. Não sou um profissional que diz que tem que
ser assim. A partir do momento que chegamos a uma ideia, nos juntamos e
acertamos detalhes. A parte tática fica prejudicada porque temos que
descansar, mas é um time inteligente e que entende. Acho legal porque
isso nos deu um caminho e um alívio.
MANUTENÇÃO DA EQUIPE
- Não posso querer inventar no meio de um jogo. Treinamos muito pouco e
temos um time base. O Gabriel hoje jogou em uma posição que já tinha
jogado com o Jorginho. Não posso inventar o que não treinamos. Mexo o
menos possível na estrutura do time. Não posso colocar em campo sem
treinamento. Vai ser muito pior, evito isso. Como já estou no clube há
muito tempo, conheço as funções dos jogadores. Por isso, mexo o menos
possível e o time tem rendido. Os jogadores têm confiança para trocar,
não vão errar um passe, um chute e sair.
DESFALQUES
- Vai alterar certamente a nossa formação para domingo. Temos pouco
tempo para treinar, mas vamos ter que fazer algum trabalho tático, uma
coisa bem rápida, para montar a forma de jogar. Isso é o campeonato
nacional. Não temos muito tempo para mexer. Tem viagem e tal, é um
treino mais para se posicionar.
BOA FASE DO ATAQUE
- O Hernane já vinha jogando com o Mano e estava se afirmando, fazendo
gols. Não ia mexer ali. A partir do momento que entrei, ele tem
correspondido plenamente. As pessoas o enxergam como um cara que só faz
gol, mas é muito importante na retomada de bola. É um cara que finaliza
muito bem. Temos que ter segurança e dar segurança ao atleta. O caminho é
esse. Tenho procurado dar confiança, quem tem entrado também, e temos
montado um time muito legal.
APOIO HERNANE
- Tem que perguntar a ele. Foi uma demonstração de carinho comigo.
Achei legal, ele também estava sendo criticado. Um acreditou no outro,
eu acreditei nele, e por isso o Flamengo venceu o jogo.
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