ca çsdizendo que o Flada
nã mtável: 'O
mom deles vai chegar'
nã mtável: 'O
mom deles vai chegar'
A receita, na teoria, é simples: sem dinheiro e precisando equalizar as
finanças, o Flamengo poderia investir nas categorias de base para
montagem de um time promissor. Em campo, porém, não foi bem o que
aconteceu. Campeã da Taça São Paulo em 2011, a geração encabeçada por
Adryan e Negueba surgiu como pote de ouro na Gávea, mas dois anos depois
as marcas são de frustração e dúvidas. Paralelamente a isso, os rivais
festejam o sucesso. Ao menos, no que diz respeito de aproveitamento
entre os profissionais. O que levanta a dúvida: o que falta para o
Rubro-Negro voltar a fabricar craques em casa, como se orgulha de dizer?
Recentemente, Wellington Nem foi um dos grandes destaques do Fluminense
campeão brasileiro e negociado por milhões de reais com o futebol
ucraniano - isso sem contar nomes como Maicon, Allan e Digão, que em
escala menor foram bem aproveitados nos últimos anos. O Vasco, que
também fez caixa com Rômulo, negociado com o futebol russo no ano
passado, vive a euforia pelo jovem Marlone. Já o Botafogo se encanta com
os gols de Hyuri, aposta revelada pelo Audax, semanas após levar uma
bolada com a ida de Vitinho também para Rússia. Enquanto isso, o Fla
vive carência de sucesso desde Renato Augusto, surpresa de Ney Franco na
decisão da Copa do Brasil de 2006 - vale ressaltar, porém, que os
rubro-negros viveram situação similar à de vascaínos e botafoguenses com
a explosão de Rafinha, no início do ano.
Encarregado da vez em garimpar talentos e lançá-los no time
profissional, Mano Menezes deu seu ponto de vista da situação e aponta a
irregularidade do próprio Flamengo como determinante para que seus
jovens talentos vivam altos e baixos. Somente em 2013, Rafinha e Nixon,
por exemplo, tiveram bons momentos, mas não conseguiram dar sequência.
Para o treinador, reação natural de um processo de formação.
- A dificuldade é que não temos uma equipe tão definida e estável como o
Botafogo, em que você pode botar esse ou aquele jogador, que vai render
bem. Há momentos adequados para lançar um jogador jovem, outros não
tanto. Você precisa do jogador, e ele vai dar a resposta ou não. É
preciso ter cuidado nas avaliações para não acabar com o jogador. Tem
que guardar, segurar um pouco, trabalhar com tranquilidade. Tivemos
jogadores jovens que foram bem, como o Nixon, mas que acabou não
repetindo porque o próprio Flamengo não repetiu o desempenho tantas
vezes. É preciso separar conquistas (títulos) de formação na base. Com
tranquilidade, sequência e calma, o momento deles vai chegar.
A fase de recuperação do clube em si tem determinado também um
imediatismo que diminui a paciência com estes jogadores. Mano acredita
que necessidade de resultados impede que um atleta tenha uma sequência
maior diante de uma queda de rendimento.
- Não temos tanto tempo para esperar no Flamengo. Temos que ter
resultados. O início do campeonato nos obrigou a fazer resultado,
resultado, resultado... Se analisarmos desde que cheguei, com 50% de
aproveitamento, teríamos uma colocação melhor na tabela, mas não foi a
nossa realidade. Temos questões mais urgentes e, às vezes, ficamos mais
prejudicados. Ainda temos que nos adequar aos adversários. O Cruzeiro
não, por exemplo. Vai jogar do jeito que pretende.
Por fim, Mano Menezes falou ainda sobre duas das principais promessas
rubro-negras que voltaram para base sob seu comando: Mattheus e Rodolfo.
A dupla, que teve contrato renovado neste ano, sequer completou um mês
no elenco do atual treinador, que justificou a escolha:
- Quando cheguei, tínhamos muito jogadores de funções semelhantes, e
alguns deles não vinham jogando há tempo. Perdemos a referência, e a
ideia de voltar para base foi para jogar a Taça BH e o campeonato (Taça
OPG) da categoria. Até para voltarmos a ter essa referência e parâmetro.
Ter a noção clara da função que desempenham e repensar. Cuido muito das
avaliações e acompanho tudo. Se levasse em conta a participação na Taça
BH, seria injusto com eles. O time foi eliminado na primeira fase e
quando isso acontece ninguém serve. Eles voltaram, estão trabalhando e
logo na frente vamos ter um novo pensamento.
Do elenco campeão da Copa São Paulo de 2011, apenas o goleiro César,
Digão, Frauches, Adryan e Rafinha estão entre os profissionais. Os três
primeiros, entretanto, praticamente não são aproveitados.
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