sábado, 7 de setembro de 2013

Mano explica oscilação de jovens: 'Ainda não temos uma equipe estável'


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nã mtável: 'O
mom deles vai chegar'

olhando
para trás (Gustavo Miranda / O Globo)A receita, na teoria, é simples: sem dinheiro e precisando equalizar as finanças, o Flamengo poderia investir nas categorias de base para montagem de um time promissor. Em campo, porém, não foi bem o que aconteceu. Campeã da Taça São Paulo em 2011, a geração encabeçada por Adryan e Negueba surgiu como pote de ouro na Gávea, mas dois anos depois as marcas são de frustração e dúvidas. Paralelamente a isso, os rivais festejam o sucesso. Ao menos, no que diz respeito de aproveitamento entre os profissionais. O que levanta a dúvida: o que falta para o Rubro-Negro voltar a fabricar craques em casa, como se orgulha de dizer?

Recentemente, Wellington Nem foi um dos grandes destaques do Fluminense campeão brasileiro e negociado por milhões de reais com o futebol ucraniano - isso sem contar nomes como Maicon, Allan e Digão, que em escala menor foram bem aproveitados nos últimos anos. O Vasco, que também fez caixa com Rômulo, negociado com o futebol russo no ano passado, vive a euforia pelo jovem Marlone. Já o Botafogo se encanta com os gols de Hyuri, aposta revelada pelo Audax, semanas após levar uma bolada com a ida de Vitinho também para Rússia. Enquanto isso, o Fla vive carência de sucesso desde Renato Augusto, surpresa de Ney Franco na decisão da Copa do Brasil de 2006 - vale ressaltar, porém, que os rubro-negros viveram situação similar à de vascaínos e botafoguenses com a explosão de Rafinha, no início do ano.

Encarregado da vez em garimpar talentos e lançá-los no time profissional, Mano Menezes deu seu ponto de vista da situação e aponta a irregularidade do próprio Flamengo como determinante para que seus jovens talentos vivam altos e baixos. Somente em 2013, Rafinha e Nixon, por exemplo, tiveram bons momentos, mas não conseguiram dar sequência. Para o treinador, reação natural de um processo de formação.

- A dificuldade é que não temos uma equipe tão definida e estável como o Botafogo, em que você pode botar esse ou aquele jogador, que vai render bem. Há momentos adequados para lançar um jogador jovem, outros não tanto. Você precisa do jogador, e ele vai dar a resposta ou não. É preciso ter cuidado nas avaliações para não acabar com o jogador. Tem que guardar, segurar um pouco, trabalhar com tranquilidade. Tivemos jogadores jovens que foram bem, como o Nixon, mas que acabou não repetindo porque o próprio Flamengo não repetiu o desempenho tantas vezes. É preciso separar conquistas (títulos) de formação na base. Com tranquilidade, sequência e calma, o momento deles vai chegar.

A fase de recuperação do clube em si tem determinado também um imediatismo que diminui a paciência com estes jogadores. Mano acredita que necessidade de resultados impede que um atleta tenha uma sequência maior diante de uma queda de rendimento.

- Não temos tanto tempo para esperar no Flamengo. Temos que ter resultados. O início do campeonato nos obrigou a fazer resultado, resultado, resultado... Se analisarmos desde que cheguei, com 50% de aproveitamento, teríamos uma colocação melhor na tabela, mas não foi a nossa realidade. Temos questões mais urgentes e, às vezes, ficamos mais prejudicados. Ainda temos que nos adequar aos adversários. O Cruzeiro não, por exemplo. Vai jogar do jeito que pretende.

Por fim, Mano Menezes falou ainda sobre duas das principais promessas rubro-negras que voltaram para base sob seu comando: Mattheus e Rodolfo. A dupla, que teve contrato renovado neste ano, sequer completou um mês no elenco do atual treinador, que justificou a escolha:

- Quando cheguei, tínhamos muito jogadores de funções semelhantes, e alguns deles não vinham jogando há tempo. Perdemos a referência, e a ideia de voltar para base foi para jogar a Taça BH e o campeonato (Taça OPG) da categoria. Até para voltarmos a ter essa referência e parâmetro. Ter a noção clara da função que desempenham e repensar. Cuido muito das avaliações e acompanho tudo. Se levasse em conta a participação na Taça BH, seria injusto com eles. O time foi eliminado na primeira fase e quando isso acontece ninguém serve. Eles voltaram, estão trabalhando e logo na frente vamos ter um novo pensamento.

Do elenco campeão da Copa São Paulo de 2011, apenas o goleiro César, Digão, Frauches, Adryan e Rafinha estão entre os profissionais. Os três primeiros, entretanto, praticamente não são aproveitados.

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