A diretoria que justifica os ingressos caros com os altos valores
pagos em impostos e defende a transparência junto ao poder público é a
mesma que, internamente, mostra dificuldades para prestar contas no
clube. O Conselho Fiscal já recebeu os primeiros balancetes do trimestre
da nova administração, em que ficou comprovado a entrada de R$ 80
milhões em receitas de administrações passadas, entre patrocinadores,
pagamentos de cotas de televisão e venda de títulos de sócios.
O
que os conselheiros querem saber é se a previsão orçamentária de R$ 230
milhões será cumprida ou se os gastos serão extrapolados. Para a
oposição, o clube já gastou R$ 150 milhões e pode precisar antecipar a
verba. Para isso, ela solicita aos poderes a apreciação de contratos e
documentos, entre eles o balancete, guardado a sete chaves pelo
presidente do Conselho Fiscal, Mário Esteves, pressionado em reunião
ontem.
Quem também está sendo colocado contra a parede é o
presidente do Conselho Deliberativo, Delair Drumbrosck. O pedido para a
convocação de uma sessão para avaliar contratos do estacionamento e do
Maracanã não foram ouvidos. Enquanto isso, Delair deve atender ao pedido
do presidente Eduardo Bandeira de Mello para apreciar um contrato de
publicidade com uma seguradora, que pagaria para usar a imagem do
Flamengo em vídeos.
Uma reunião convocada para o dia 20 no
Conselho de Administração, que vai tratar da readequação do orçamento de
2013 já com a avaliação do Conselho Fiscal, promete ser movimentada.
Procurada,
a diretoria não se pronunciou sobre a questão financeira. Em contato
com a reportagem, o presidente do Conselho Deliberativo, Delair
Drumbrosck, disse que estava em reunião.
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