A nova gestão de Flamengo ainda tenta encontrar meios de conseguir
dinheiro para retomar as obras do Ninho do Urubu. Os módulos 16 e 17,
destinados ao futebol profissional, estão parados por falta de verba
para avançar no projeto. Segundo o vice de patrimônio do clube,
Alexandre Wrobel, a busca por recursos é constante e a meta é encontrar
uma forma de fazer com que os operários voltem a circular pelo CT em
breve.
- Existe uma perspectiva otimista de conseguir equacionar a situação
financeira até o fim de março. Equacionando isso, as obras serão
retomadas de imediato. O Flamengo tem dinheiro alto penhorado, isso está
impactando na questão financeira, criando uma série de dificuldades.
Não adianta recomeçar para parar daqui a um mês. Estamos tentando
solucionar definitivamente. Estamos trabalhando muito, direto, buscando
parceiros, dinheiro, alternativas criativas. Estamos tentando fazer de
tudo. Estamos tentando equacionar as penhoras. Sendo otimista, creio que
com mais 20 dias a gente consiga equacionar para retomar.
Obra do módulo do time profissional do Flamengo está parada (Foto: Janir Júnior / Globoesporte.com)
As máquinas começaram a diminuir o ritmo no Ninho em julho do ano
passado, ainda na gestão de Patricia Amorim. Wrobel, aliás, foi o único
vice-presidente mantido pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello. Em
agosto e setembro, as obras estavam quase paradas. Hoje, inexistem.
- A parte da frente (entrada do CT) estamos tocando, mas a obra no
geral está parada. Até porque não queremos nos comprometer com a compra
de material. Apenas quando for retomada de uma vez por todas - explicou
Wrobel.
Segundo ele, 80% dos módulos 16 e 17 estão concluídos, mas ainda são
necessários cerca de R$ 8 milhões para finalizá-los. A construção do
sonho do CT pronto ainda não tem data para virar realidade.
Esquecido, muro dos tijolinhos será recuperado
Inaugurado no início de setembro do ano passado, o muro dos tijolinhos,
resultado da campanha que arrecadou quase R$ 1,5 milhão para ajudar na
construção do CT, anda esquecido. As 7.567 peças com nomes de torcedores
que apoiaram o clube não receberam cuidados e muitas ficaram manchadas
com o passar do tempo. Cada tijolo custou R$ 250. Segundo Wrobel, o
acabamento do muro ainda não foi finalizado.
- A questão ali é simples. Assim que a gente retomar as obras, vamos
cuidar do muro. Ele não está com acabamento finalizado. Aquela rua não
foi urbanizada, não houve pavimentação ainda. Quando isso ocrrer, e isso
já está licitado, a gente vai fazer o acabamento. Você raspa e passa
verniz. Com certeza vai ser recuperado.
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