A reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 chegou a 75% de sua
conclusão. A informação foi divulgada pelo vice-governador do Rio de
Janeiro e coordenador de Infraestrutura, Luiz Fernando Pezão, nesta
quinta-feira em São Paulo, durante evento da Fifa e do Comitê
Organizador Local (COL), no Museu do Futebol, em que o estádio foi
confirmado como uma das seis sedes da Copa das Confederações de 2013.
Obras de reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 segue avançada (Foto: Marcelo Sayão / EFE)
O índice também foi destacado pelo presidente da Empresa de Obras
Públicas (Emop), órgão da Secretaria estadual de Obras, Ícaro Moreno
Júnior, no Maracanã, ao fim do último treinamento dos 25 alpinistas
profissionais que vão auxiliar na montagem da nova cobertura, a partir
do final do mês.
- Nesses últimos três meses e 20 dias, vamos trabalhar em ritmo ainda
mais intenso para cumprir esses últimos 25% das obras. Teremos de
executar algo em torno de seis a sete por cento por mês e vamos fazer.
Nesta etapa, sem dúvida alguma, o nosso maior desafio será o içamento e
montagem da nova cobertura.
Pezão garantiu que o governo do estado está empenhado em cumprir todos
os requisitos para tornar o Maracanã numa arena moderna, segura e
confortável, de acordo com o padrão exigido pela Fifa.
- Além de atender às exigências da Fifa para a Copa do Mundo, a reforma
vai adequar o estádio às normas do Comitê Olímpico Internacional (COI),
para receber abertura e encerramento e competições das Olimpíadas de
2016. Tenho certeza de que o Maracanã será um dos estádios mais modernos
e confortáveis do mundo.
Nos próximos dias, a estrutura metálica que vai sustentar a cobertura
começará a ser içada. O processo deverá ser concluído em cerca de 20
dias. A partir daí, entra em ação uma equipe de 25 alpinistas
especialmente treinada para, com o apoio de guindastes, ajudar no ajuste
das peças dos cabos de aço nos pontos mais altos e críticos da
estrutura metálica e na colocação da lona de teflon e fibra de vidro. A
lona terá 68,4 metros de comprimento e vai cobrir cerca de 76 mil dos
mais de 79 mil assentos.
Do total de alpinistas profissionais, 17 são operários - entre
caldeireiros, montadores, mecânicos e pintores - capacitados
especialmente para a função. Os demais já eram especialistas. Os
alpinistas já estão em atividade no estádio. Trabalhando a cerca de 30
metros de altura, distância compreendida entre o solo e o teto do
estádio, seguros por cordas e outros equipamentos de segurança, eles se
consideram bem preparados para a missão, confiantes nas técnicas
aprendidas e aperfeiçoadas em meses de treinamentos.
O presidente da Emop classifica como um desafio à engenharia brasileira
o domínio da tecnologia de instalação de cobertura de lona tensionada
em estádios de futebol.
- É uma coisa inédita no país. As peças são importadas e o método de
montagem é alemão. Tivemos de agregar tudo isso, com a assistência de
engenheiros alemães, evidentemente. Mas, sem dúvida, é uma grande aula
de engenharia para nós, engenheiros brasileiros. Inclusive, estudantes
de Faculdades de Engenharia vão vir no fim deste mês aqui para conhecer
de perto esta tecnologia.
O diretor do consórcio executor da reforma, Claudio Casares, explicou
que a decisão de usar alpinistas profissionais na montagem da cobertura
levou em conta a complexidade operacional no Maracanã, onde a estrutura
terá um vão coberto de 68,4 metros de extensão.
- Durante o planejamento da obra, vislumbramos a necessidade de ter
este tipo de mão de obra especializada, devido à impossibilidade de ter
dois guindastes ocupando o mesmo espaço. Por isso, contratamos
profissionais experientes no mercado, mas, em razão da necessidade de um
número maior desses especialistas, decidimos qualificar operários da
própria obra que se adequassem ao tipo de serviço, fizemos uma seleção e
formamos 17 pessoas que poderão exercer esta profissão pelo resto da
vida - afirmou Casares.
Os alpinistas se dividem em três níveis: o 1 executa os serviços, o 2
fiscaliza as atividades e faz os relatórios das atuações de cada um e o 3
é exercido por um supervisor de acesso por cordas.
As informações são da Secretaria de Obras do Estado do Rio de Janeiro.
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