O Flamengo tentou recuperar Adriano,
teve grandes problemas com o jogador, mas, ao menos, o custo foi
relativamente pequeno. No departamento de finanças do clube, consta o
pagamento de R$ 15 mil referentes aos dias em que ele treinou em agosto.
Além disso, um acordo ainda por conta de pendências da passagem do
atacante em 2009/2010 fez o Rubro-Negro desembolsar R$ 100 mil.
Em agosto, o clube acertou com o atacante um contrato que previa R$ 50
mil mensais - referentes a direito de imagem - e mais R$ 50 mil por cada
jogo disputado, sem carteira assinada. O vínculo iria até 22 de
dezembro. Como Adriano saiu sem entrar em campo, nada ganhou por
produção. Quando acontecer a conversa para a rescisão formal do
contrato, a tendência é de que o atacante não receba mais um centavo
sequer.
- O contrato de imagem foi rescindido numa ocasião anterior. Ele
receberia por produtividade, como não jogou... – disse Zinho, diretor de
futebol.
Com a rescisão do contrato de imagem, Adriano deixou de receber os R$
50 mil por mês. Em 2009, ano em que voltou ao clube, o atacante tinha
salário de R$ 350 mil. Com a artilharia e o título brasileiro, o
vencimento do jogador teve um reajuste e passou para R$ 450 mil.
Na primeira entrevista coletiva depois de assinar contrato, em agosto,
Adriano deixou claro que a parte financeira não era o que mais
importava:
- Não é um contrato de risco. Foi bom para mim e para o Flamengo. Tenho
que fazer por onde. Não posso pensar apenas na parte financeira, tenho
que pensar no meu futuro. Conheço minha capacidade e sei que a parte
financeira vem depois – afirmou Adriano, na sua apresentação.
Em entrevista concedida ao GLOBOESPORTE.COM e à TV Globo dias depois de
sua chegada ao Flamengo, o jogador reafirmou que dinheiro fica em
segundo plano na sua carreira. Ele lembrou seu salário milionário no futebol italiano.
- Quando larguei o Inter, ganhava 7 milhões de euros por ano (R$ 16,1
milhões). Você tem noção do que é isso? Larguei, e sabe por quê? Pelo
meu bem-estar. Alguém citou isso? Não. Ah, o cara é maluco. Não sou
maluco. Maluco, sim, de rasgar dinheiro. Mas dinheiro não traz
felicidade. Dinheiro, às vezes, mexe muito com a cabeça. E teve um
período que mexeu comigo.
Material de treino ainda no Ninho
Zinho disse que aconselhou Adriano a aparecer nesta quarta-feira no
Ninho do Urubu para conceder entrevista, se despedir dos companheiros e
sair pela porta da frente. O material de treino e as chuteiras que
vinham sendo utilizadas pelo atacante continuam na rouparia do clube.
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