O economista Wallim Vasconcellos, candidato a presidente do Flamengo,
pela chapa Fla Campeão do Mundo, afirmou que não pode ser impedido de
concorrer por causa de um processo na Justiça em que ainda não há
decisão final. E acusou alguns adversários sem nomeá-los de “querer
decidir a eleição no tapetão”.
Wallim responde a um processo por atos cometidos quando era diretor do BNDES.
O processo foi aberto em 2004 por denúncia do então presidente do
banco, Carlos Lessa, contra três ex-presidentes e 15 ex-diretores,
incluindo Wallim.
Na decisão de primeira instância, Wallim foi inocentado, mas o
Ministério Público recorreu e entrou com um recurso. Na segunda-feira, o
caso foi apreciado pela comissão eleitoral. Wallim venceu por 5 votos a
2. No dia 8, o Conselho de Administração dará a palavra final. Wallim
pediu que o órgão “jogue a bola para os sócios decidirem”.
- Não conheço o regimento, mas não vejo como ser assim. O processo
não acabou e na primeira instância fui inocentado. Como posso ser
tratado como culpado? – explicoi Wallim Vasconcellos à De Prima.
Novo voto divergente
Membros de chapas concorrentes na eleição tentam impugnar a
candidatura mais uma vez. A tentativa ganha corpo pelo apoio do membro
da comissão eleitoral Siro Darlan. O desembargador apontou o fato de o
processo ainda estar em andamento para se colocar contra a aprovação da
candidatura.
Na reunião da noite desta quinta-feira, a Comissão Eleitoral resolver
manter o parecer favorável à participação de Wallim. Mais uma vez,
porém, Siro Darlan votou de forma divergente e manifestará contrariedade
na reunião do Conselho de Administração, no dia 8 de novembro.
Confira a íntegra da entrevista
O que é esse processo?
“Ele foi aberto em 2004, no começo do governo Lula, contra quem tinha
trabalhado no BNDES no governo FHC. Foi aberto pelo então presidente do
BNDES e tinha motivação política. A prova de que minha conduta foi
correta é que o próprio BNDES está pagando meus advogados”.
Siro Darlan, da comissão eleitoral, diz que pelo regime eleitoral um réu não pode se candidatar…
“Não conheço o regimento, mas não vejo como ser assim. O processo não
acabou e na primeira instância fui inocentado. Como posso ser tratado
como culpado?”.
O que julga mais grave?
“Esse processo corre em segredo de Justiça. Quando me candidatei, entreguei os documentos da ação e disse que eram confidenciais. Mas alguém do Flamengo – de fora da comissão eleitoral – vazou”.
“Esse processo corre em segredo de Justiça. Quando me candidatei, entreguei os documentos da ação e disse que eram confidenciais. Mas alguém do Flamengo – de fora da comissão eleitoral – vazou”.
Mas, se corre em segredo de Justiça, por que os entregou?
“Não tenho nada a esconder. Meus advogados me aconselharam”.
Se acontecer, é o fim da chapa?
“Não. A candidatura não é minha, mas de um grupo. Há outras pessoas prontas para assumir”.
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