quinta-feira, 25 de outubro de 2012

‘Joguem a bola para os sócios’, pede Wallim

 O economista Wallim Vasconcellos, candidato a presidente do Flamengo, pela chapa Fla Campeão do Mundo, afirmou que não pode ser impedido de concorrer por causa de um processo na Justiça em que ainda não há decisão final. E acusou alguns adversários sem nomeá-los de “querer decidir a eleição no tapetão”.

Wallim responde a um processo por atos cometidos quando era diretor do BNDES. O processo foi aberto em 2004 por denúncia do então presidente do banco, Carlos Lessa, contra três ex-presidentes e 15 ex-diretores, incluindo Wallim.

Na decisão de primeira instância, Wallim foi inocentado, mas o Ministério Público recorreu e entrou com um recurso. Na segunda-feira, o caso foi apreciado pela comissão eleitoral. Wallim venceu por 5 votos a 2. No dia 8, o Conselho de Administração dará a palavra final. Wallim pediu que o órgão “jogue a bola para os sócios decidirem”.

- Não conheço o regimento, mas não vejo como ser assim. O processo não acabou e na primeira instância fui inocentado. Como posso ser tratado como culpado? – explicoi Wallim Vasconcellos à De Prima.

Novo voto divergente

Membros de chapas concorrentes na eleição tentam impugnar a candidatura mais uma vez. A tentativa ganha corpo pelo apoio do membro da comissão eleitoral Siro Darlan. O desembargador apontou o fato de o processo ainda estar em andamento para se colocar contra a aprovação da candidatura.

Na reunião da noite desta quinta-feira, a Comissão Eleitoral resolver manter o parecer favorável à participação de Wallim. Mais uma vez, porém, Siro Darlan votou de forma divergente e manifestará contrariedade na reunião do Conselho de Administração, no dia 8 de novembro.

Confira a íntegra da entrevista

O que é esse processo?
“Ele foi aberto em 2004, no começo do governo Lula, contra quem tinha trabalhado no BNDES no governo FHC. Foi aberto pelo então presidente do BNDES e tinha motivação política. A prova de que minha conduta foi correta é que o próprio BNDES está pagando meus advogados”.

Siro Darlan, da comissão eleitoral, diz que pelo regime eleitoral um réu não pode se candidatar…
“Não conheço o regimento, mas não vejo como ser assim. O processo não acabou e na primeira instância fui inocentado. Como posso ser tratado como culpado?”.

O que julga mais grave?
“Esse processo corre em segredo de Justiça. Quando me candidatei, entreguei os documentos da ação e disse que eram confidenciais. Mas alguém do Flamengo – de fora da comissão eleitoral – vazou”.

Mas, se corre em segredo de Justiça, por que os entregou?
“Não tenho nada a esconder. Meus advogados me aconselharam”.

Se acontecer, é o fim da chapa?
“Não. A candidatura não é minha, mas de um grupo. Há outras pessoas prontas para assumir”.





Nenhum comentário:

Postar um comentário