O Flamengo sofre para contratar dois reforços da Série B para a reta
final do Campeonato Brasileiro. O clube espera anunciar ainda nesta
terça-feira a chegada do meia Cléber Santana e do zagueiro Renato
Santos, ambos do Avaí. O cenário, no entanto, não é simples. Para
liberá-los, o clube catarinense pediu o zagueiro Thiago Medeiros e os atacantes Negueba e Hernane.
Thiago aceitou e até se despediu de companheiros e funcionários pela
manhã no Ninho do Urubu. Já Negueba e Hernane se recusam e colocam o
negócio em risco.
O momento é de confusão e indefinição. Depois de ir ao CT, Thiago
Medeiros fez as malas e rumou para o aeroporto para viajar e se
apresentar na Ressacada, em Florianópolis. No início da tarde, no
entanto, o diretor de futebol rubro-negro, Zinho, entrou em contato com o
defensor e pediu para que ele voltasse para casa e esperasse uma
decisão.
Enquanto isso, o zagueiro Renato Santos está no Rio e vai passar por um
exame realizado pelo médico José Luiz Runco. Além da recusa de Negueba e
Hernane, uma contratura muscular - que virou suspeita de estiramento -
na coxa pode atravessar a negociação. O jogador se machucou diante do
América-MG, na última sexta-feira. Pela manhã, enquanto Zinho explicava o
troca-troca no Ninho do Urubu, Runco concedia uma palestra em Furnas
sobre qualidade de vida. Em certo momento, o médico rubro-negro deixou
escapar para a plateia que examinaria Renato e admitiu que o atleta
poderia ser vetado. Se isso ocorrer, a vontade de Hernane será feita e
ele ficará no Flamengo.
Além de Runco, o empresário Pedro Cabral entrou em ação para tentar
dissolver a complexa operação entre as equipes. O agente de Negueba
tenta ajudar o clube a convencer o atacante a se transferir para o Leão
por empréstimo até o fim do ano.
- Não podemos obrigar ninguém a fazer nada. Estamos tentando valorizar,
principalmente o Negueba. É bom dar uma rodada, uma respirada para sair
da pressão, o momento não é propício para eles no Flamengo. Passei que
eles não são culpados pela fase não estar boa. Não é demérito,
continuaríamos pagando os salários deles. Tem que ser solucionado hoje,
pode ser que a operação não funcione e continue tudo normalmente -
admitiu Zinho, em entrevista coletiva concedida no fim da manhã, no CT.
Nenhum comentário:
Postar um comentário