domingo, 12 de agosto de 2012

Homenageado em 1994, Matheus quer seguir os passos de seu pai, Bebeto



Tudo começou com um simples gesto em 1994. No dia 7 de julho daquele ano, Bebeto apresentava Matheus ao mundo com uma comemoração. O “nana-neném” virou mania não só no Brasil, como ao redor do mundo. O “neném” de então cresceu e, para tristeza da mãe, seguiu os passos do pai e virou jogador de futebol do Flamengo, clube em que o craque fez história.

- Sinceramente, eu não esperava. Até hoje! Eu vou para o Japão, para a China, eles fazem isso, esse gesto como se tivesse colocando o Matheus nos meus braços. Foi muito legal por isso, ficou marcado. Hoje, estou com 48 anos e o pessoal ainda não esqueceu – diz Bebeto.

Em 1994, o jogador acompanhou, da concentração, o nascimento por meio da cunhada, Nivalda. Mesmo sem ter presenciado o momento, Bebeto conseguiu ver o filho, na época, logo depois do parto nos braços da esposa, Denise, pela TV Globo. E a partir disso, surgiu uma promessa.

- No dia que eu estava indo para o hospital, o ´Beto´ falou: olha, eu vou prometer um gol! Vou fazer um gol para o meu filho e vou fazer uma homenagem para você, pelo nascimento dele. Aí, realmente, eu tive que cobrar, porque promessa é dívida! – lembra a mãe de Matheus.

Desde pequeno, a bolinha de pelúcia já era companheira inseparável. Alguns anos depois, o homenageado virou gente grande, se tornou cria da Gávea e já chegou, inclusive, a vestir a amarelinha nas seleções Sub-13, Sub-15, Sub-17 e Sub-20.

Matheus, filho do Bebeto (Foto: Rafael Cavalieri/Globoesporte.com) 
Filho de Bebeto, Matheus passou nos testes do Flamengo aos 10 anos de idade e hoje, com 18, joga entre os profissionais (Foto: Rafael Cavalieri/Globoesporte.com)
 
- É um sonho realizado, estar tendo essa oportunidade de me integrar aos profissionais, ainda mais jogando. Acho que tenho só que trabalhar mais para que as coisas aconteçam naturalmente. Dentro de campo, eu procuro esquecer a pressão de fora, para não virar rotina – comenta Matheus.

Matheus foi levado para fazer os testes no Flamengo, aos dez anos, sem ninguém saber quem ele era. Mesmo com uma passagem histórica pelo clube, Bebeto não queria que o filho fosse aceito apenas por privilégio.

- Não falei nada, ninguém sabia. Não queria que tivesse isso de ser ´filho do Bebeto´. Ele chegou onde está por méritos dele e eu estou muito feliz – explica o camisa 7 da Copa de 94.

Atualmente, o ex-jogador é membro do Comitê Organizador de 2014. Apesar de viajar muito, sempre dá um jeito de falar com o filho depois dos jogos. A preocupação é constante em todos os sentidos e sobra um puxão de orelha quando o filho vai mal em uma partida.

- Ele me dá bronca sim. Quando tem que falar bem, fala também. Mas quando termina o jogo ele me cobra bastante. Por um lado é bom, mas também perturba um pouquinho – brinca a revelação rubro-negra.

Seja com bronca ou elogio, Bebeto procura sempre ser o exemplo, com ensinamentos e cuidados. Dar prioridade ao trabalho, para o craque, é o principal valor a passar para o filho.

- Tem que ter sempre os pés no chão, cabeça no lugar, procurar se cuidar. Não perder noite, não fumar, não beber e se alimentar bem. Tudo na vida é sacrifício e trabalho intenso, que é o que eu acredito muito - finaliza o tetracampeão.


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