Renato revela o segredo das faltas: ‘Quando sai certa, pegou no joanete’

Os dois gols de falta marcados no jogo contra o Atlético-GO, domingo passado, devolveram a Renato a condição de principal arma do Flamengo na bola parada. Depois que Ronaldinho Gaúcho deixou o clube, o camisa 11 assumiu a função de cobrador número 1 da equipe. Além da partida contra os goianos, ele também marcou contra a Ponte Preta, na terceira rodada do Brasileiro. Pelo Rubro-Negro, o meia disputou 235 partidas e fez 63 gols. Destes, 22 foram de falta.

Após treino na praia, Renato se refresca na água e pega um jacaré (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)

 

Após o treino desta terça-feira, Renato não mostrou, mas contou um dos segredos da batida perfeita.

- São 22 gols, vários tipos de cobrança. De perto, de longe, colocada, forte. Levo para as cobranças o que vivo nos treinamentos, aquilo que vi que deu certo. Minha característica é de bater forte, sempre foi, desde os tempos de infantil. Mas tenho minha maneira de me colocar perto da bola, posicionar o pé de apoio, tem de observar o canto do goleiro também. Não vou mostrar para vocês, mas tenho joanete grande. Quando a batida sai certa, é porque bateu no joanete (risos). É uma coisa que tento aprimorar a cada dia, aperfeiçoar, e improvisar quando for necessário.

O bom aproveitamento do último jogo aumenta a confiança dele para o Fla-Flu de domingo, pela oitava rodada. Além da rivalidade e dos três pontos em disputa, o confronto marca o centenário do clássico carioca. Renato acha que será encarado de outra forma pelos tricolores.

- Não é de agora que sou uma arma na bola parada. Sempre trabalhei, é um dos pontos fortes que tenho. É uma arma a mais para o jogo. Vou ter respeito do lado de lá. É importante estar em alerta, jogos como esse são decididos em detalhes. É isso que pode fazer a diferença. É uma bola parada, uma cobrança rápida de escanteio, um contra-ataque. Temos de procurar improvisar para sair com a vitória.

Contra o Atlético-GO, não foi a primeira vez que Renato marcou dois gols de falta num jogo. Pelo Rubro-Negro, fez isso em duas oportunidades, ambas no Brasileirão de 2006. Em agosto, no empate por 2 a 2 com o São Caetano, e em outubro, na goleada por 4 a 1 sobre o próprio Fluminense.

O camisa 11 também sente que o grupo do Flamengo chegará ao clássico mais preparado.

- Ainda mais com uma vitória. Nos dá moral para chegar num grande jogo. Não é decisivo, mas de extrema importância para as duas equipes, pela história e pelo momento. Eles querem a liderança, nós queremos encostar na frente. Sabemos da responsabilidade e da cautela para enfrentar o Fluminense. Eles vivem um momento bom, são jogadores de qualidade. É ter calma e trabalhar o que fizemos de errado no último jogo, vamos procurar não nos envolver tanto na questão do centenário. Fazemos parte da história, mas o mais importante é vencer o Fluminense.

O Fla-Flu dos 100 anos será disputado no Engenhão, às 16h (de Brasília). O Flamengo está em oitavo, com 12 pontos. O Fluminense é o terceiro, com 15.